Enterro de David de Souza Meira, funcionário da Companhia de Navegação Costeira, metralhado durante manifestação contra a ditadura em 1o de abril de 1968
Publicada pelo jornal Correio da Manhã, a fotografia acompanhava o texto:
“ESCRITURÁRIO TEVE ENTERRO COM CHORO E PROTESTO DA IRMÃ
Crise de choro e a frase “assassinos, assassinos, mataram meu único irmão” foi a forma de protesto de Auzenira Novais de Souza Meira, irmã do funcionário da Costeira, David de Souza Meira, que ontem foi enterrado em cova rasa no Cemitério de Inhaúma, acompanhado de parentes, 200 estudantes, e do presidente da Costeira, Sr. Flávio Laje Aguiar.
David era considerado bom funcionário e quando seu corpo baixou à sepultura 23.088, quadra 28, os estudantes não fizeram discursos, “porque o Golpe não deixa, apesar dele ter o nome na história do Brasil”. O trabalhador morreu em consequência de tiro de metralhadora no peito, no Largo da Carioca, segunda-feira, pela Polícia Militar, em choque com estudantes”.
Arquivo Nacional, Correio da Manhã, BR RJANRIO PH.0.FOT.00229
Atualizado em
03/06/2022 12h35