A atriz Norma Bengell, em 13 de março de 1968, recebendo a notícia de que o ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, manteve a censura das peças "Barrela", de Plínio Marcos, e "O começo é sempre difícil", de Antônio Bivar
Apesar de receber a atriz pessoalmente, que pleiteara junto ao ministro a liberação das peças, conforme o jornal Correio da Manhã, Gama e Silva acabou decidindo manter a proibição "confirmando a atitude inicial da Censura Federal", causando "decepção aos grupos teatrais, já com os espetáculos prontos para estreia". O ministro mostrou-se, ainda, insensível aos prejuízos causados aos artistas, que atribuiu "à imprevisão, ou risco de empresa". A decisão atingiu especialmente Bengell, que havia recusado outras propostas de trabalho para atuar na peça de Antônio Bivar e que, ainda conforme o Correio da Manhã, "ao saber da notícia, caiu em prantos, vendo ser inútil todo apelo ao ministro".
Arquivo Nacional, Correio da Manhã, BR RJANRIO PH.0.FOT.11418
Atualizado em
07/06/2022 13h27