Em fevereiro de 1968, documento da Divisão de Censura de Diversões Públicas relata a teimosia do ator Paulo César Pereio em falar palavrões na peça Roda Viva, de Chico Buarque
No papel, o censor relata à sua chefia ter pedido ao ator Paulo César Pereio que deixasse de falar um palavrão que não constava no texto original da peça aprovado pela censura. "Muito solicito" (SIC), Pereio garantiu "pela terceira vez" que substituiria o palavrão pela expressão "dane-se". Porém, sofrendo de uma "crise de amenesia" (SIC), "esquece tudo que conversou antes e sapeca o palavrão".
Impaciente, recomendava o censor que seria "boa medida sua presença neste Serviço a fim de que essa Chefia receitasse um remedio eficaz para debelar a doença que acomete aquele ator" (SIC).
Arquivo Nacional, Divisão de Censura de Diversões Públicas, Requerimento para aprovação da peça: roda viva. BR DFANBSB NS.CPR.TEA,PTE.101.
Atualizado em
17/05/2022 12h36