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Os juízes de ambos os processos concluíram que eles foram vítimas de perseguições e sofreram danos morais
União indeniza em R$ 100 mil professora e ex-prefeito perseguidos na ditadura militar
As torturas se mantiveram em Foz do Iguaçu, onde ela foi levada pelas autoridades, culminando em um aborto. No final do ano, ela foi transferida novamente para Porto Alegre, onde continuou sofrendo abusos.
Uma vez no RS, seus familiares descobriram sua localização e chegaram a visitá-la uma vez, mas ela foi novamente deslocada pelos oficiais do regime para o Paraná. Ela buscou exílio no Chile em 1972, mas com o golpe no ano seguinte, viajou para a França, onde morou até 1985.
O processo
Os juízes responsáveis pelos casos da professora e do ex-vereador analisaram todas as evidências e concluíram que ambos foram vítimas de perseguições e prisões por agentes do regime militar por motivos políticos, resultando em danos morais.
Marcelo Cardozo da Silva , juiz no caso do ex-político, chegou a mencionar a “violação massiva de direitos fundamentais” e “destruição dos pilares necessários ao funcionamento de uma sociedade democrática e plural”, durante a ditadura militar, em sua decisão.
Ambos haviam recebido indenizações após a Comissão de Anistia, conforme repercutido pelo G1. Contudo, Fábio Dutra Lucarelli , encarregado do processo da professora, esclareceu que a lei não proíbe o pagamento de indenizações por danos morais resultantes dos sofrimentos causados por crimes de apoiadores do regime militar .
Fonte: Aventuras na História, 16/09/2023