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Os metalúrgicos do Vale do Paraíba foram sistematicamente perseguidos pelo governo militar
Sindicato participa de seminário sobre cooperação empresarial com a ditadura
A cooperação empresarial com o governo militar nas violações de direitos humanos, durante a ditadura no Brasil (1964 a 1985), está no centro das discussões do Seminário Ditadura, Empresas e Violação de Direitos, que acontece em São Paulo, de 5 a 7 de junho. A organização é da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dirigentes da CSP-Conlutas, do Sindicato e da Admap (Associação Democrática de Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba) estão participando dos debates e poderão trazer para a base informações sobre a estreita relação entre grandes empresas e os aparelhos de repressão do regime militar.
Os metalúrgicos do Vale do Paraíba foram sistematicamente perseguidos na ditadura, inclusive com demissões por participação em greves ou proximidade com sindicatos.
No primeiro dia de atividades do seminário, nesta segunda-feira (5), foram apresentadas pesquisas com vasta documentação que comprovam a participação de empresas como Folha de São Paulo e Petrobras, na perseguição e repressão aos trabalhadores.
“Há muitas semelhanças entre os métodos empregados por diferentes companhias, o que possibilitará aprofundar as investigações para comprovar a violação dos direitos humanos praticadas por empresas da região, como a Embraer, que é objeto de outra pesquisa”, afirma Luiz Carlos Prates, o Mancha, membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, 05/06/2023