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Ditadura militar: há 50 anos família de Honestino busca respostas
Hoje completam 50 anos do desaparecimento de Honestino Monteiro Guimarães. Perseguido, sequestrado, torturado e morto pelo estado brasileiro, o líder estudantil é um dos desaparecidos políticos da ditadura militar no Brasil. E até hoje, as últimas páginas da vida dele, permanecem em branco.
Em um período sombrio da nossa história recente, a defesa da democracia podia levar à morte. Foi assim com Honestino Guimarães, um jovem estudante de 26 anos da Universidade de Brasília (UnB). Em 1973, após ser preso pela 6ª vez por promover manifestações contra o regime militar, o líder estudantil nunca mais foi visto.
Somente em 1996, a família de Honestino recebeu a certidão de óbito com a data do desaparecimento, mas sem a causa da morte. Um reconhecimento que demorou mais 17 anos para acontecer: quando passou a constar no documento que ele morreu em razão de "atos de violência do estado". Violência esta que inclui crimes como sequestro, tortura, execução extrajudicial e ocultação do corpo. Mas a família ainda busca respostas.
Honestino Guimarães é um dos 434 mortos e desaparecidos da ditadura, segundo dados da Comissão Nacional da Verdade. Mas os ideais que o regime tentou calar continuam sendo defendidos como um legado pelo movimento estudantil que marcou o início da luta do próprio Honestino.
Fonte: EBC, 10/10/2023