Solenidade de conclusão de primeira etapa de beatificação de dom Helder aconteceu em 2028, no Recife — Foto: Mônica Silveira/TV Globo
Pernambuco deu, nesta sexta (4), um passo importante para a preservação da memória do arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Helder Câmara. Com aprovação do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, o governo autorizou o tombamento estadual do acervo do religioso. São cerca de 210 mil páginas de documentos, além de prêmios e condecorações.
Nascido em Fortaleza (CE) , em 1909, Dom Helder foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), recebeu prêmios nacionais e internacionais.
Brasileiro por mais vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, em quatro ocasiões, morreu no Recife, em 1999. A Lei nº 13.581, de 26 de dezembro de 2017, declarou Dom Helder Câmara como "Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos".
Em 2018, a primeira etapa do processo de beatificação e canonização dele foi concluída . Foram enviados para a Comissão da Causa dos Santos, no Vaticano, documentos, laudos, pareceres e testemunhos sobre a vida do bispo, conhecido como "Dom da Paz" ( veja vídeo abaixo ).