Notícias
Ceará anuncia o encerramento das atividades do Mausoléu Castelo Branco em solenidade no Palácio da Abolição
O Palácio da Abolição foi sede da condecoração de 35 importantes nomes cearenses, que lutaram pela garantia da democracia durante a Ditadura Militar, na tarde desta quinta-feira (31). A homenagem foi feita pelo governador Elmano de Freitas e pela secretária estadual de Direitos Humanos, Socorro França. A defensora pública do Estado do Ceará, Elizabeth Chagas, esteve presente, reforçando o apoio ao reconhecimento e valorização da luta pela prevalência da democracia. A solenidade comemorou os 44 anos da Lei da Anistia, considerada um dos marcos do fim da ditadura militar no Brasil e da redemocratização nacional. .
Durante o evento, o governador Elmano de Freitas compartilhou a decisão sobre a retirada do Mausoléu Castelo Branco do Palácio da Abolição. “ A decisão está tomada. A Secretaria da Cultura, junto à Secretaria de Direitos Humanos tem a missão de garantir que no Palácio da Abolição não ficará mais o Mausoléu de quem apoiou a ditadura”, anunciou.
A ex-prefeita Maria Luiza Fontenele, professora universitária e ativista política, foi uma das mulheres que integram o projeto “Todas Somos Uma” da Defensoria Pública. Ela falou em nome dos homenageados durante o evento e pediu, acima de tudo, reconhecimento a tudo que aconteceu. “É preciso paz. Ditadura nunca mais. Me emociono quando falo em anistia, porque todo o meu ser se revolta contra a tortura. Muitos lutaram e não estão mais conosco. Não aceitamos mais repressão, discriminação e tortura”.
A defensora geral do Ceará, Elizabeth Chagas e a supervisora do Núcleo de Estágio, defensora pública, Camila Vieira, participaram da solenidade. “É uma honra e emoção participar desta homenagem e reverenciar estes potentes nomes, incansáveis na luta pelos direitos de todos e todas nós”, frisou Elizabeth Chagas.
Em comemoração à data, também foi assinado um acordo para manutenção de documentos históricos da Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou, a partir da identificação e higienização dos processos. O governador Elmano de Freitas garantiu celeridade nos processos. “Temos que garantir que isso tenha maior segurança para a memória futura daqueles que vão querer pesquisar e possam servir para fazer os materiais para as escolas, a fim de que nossa juventude conheça os horrores, mas também a bravura de jovens que lutaram pela democracia em nosso estado. Jovens que, ao passo que sua juventude foi sacrificada pela luta, por meu apoio em fazer isso”.
Fonte: Defensoria Pública do Estado do Ceará, 01/09/2023