MEC orienta escolas sobre como lidar com queimadas e poluição do ar

O Brasil enfrenta uma intensificação das queimadas e da poluição do ar em várias regiões, afetando significativamente a qualidade do ar. Esses eventos têm gerado níveis alarmantes de poluentes atmosféricos, o que pode acarretar riscos consideráveis para a saúde, especialmente para crianças e adolescentes em idade escolar. O governo federal atua em várias frentes e está enfrentando esse desafio. Aqui, no MEC, com o objetivo de complementar o conjunto de esforços em andamento, estamos orientando as escolas com medidas preventivas para proteger a saúde da comunidade escolar durante esses períodos críticos, além de criar um canal direto com as redes de ensino para envio de dúvidas e eventuais demandas.

Recomendações:

1.  Evitar atividades ao ar livre: em dias de alta poluição, manter atividades como educação física e recreios em ambientes fechados e bem ventilados. Reduza ao máximo as atividades ao ar livre para minimizar os riscos.

2.  Realizar atividades em espaços internos: promover atividades internas como jogos educativos, leitura, debates sobre meio ambiente e saúde, além de atividades artísticas. Essas alternativas ajudam a manter o engajamento dos alunos sem expô-los a condições adversas.

3.  Incentivar a hidratação: reforçar a necessidade de beber bastante água e líquidos. Pedir que os alunos sempre tragam garrafas de água e façam pausas regulares para hidratação, já que a água ajuda a eliminar toxinas do corpo e manter as vias respiratórias protegidas.

4.  Fechar as janelas e as portas durante os períodos críticos de poluição externa: manter a ventilação e umidade do ar internas controladas, com uso de ventiladores e umidificadores sempre que possível.

5.  Orientar e monitorar sintomas de saúde: saber como identificar sintomas de exposição à poluição. Em caso de sintomas de náuseas, vômitos, febre, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas na cabeça, no peito ou no abdômen, busque atendimento médico.

Monitorar os alunos ou profissionais com condições de saúde preexistentes e estar preparado para oferecer suporte imediato, se necessário. Dar atenção especial às crianças menores de 5 anos, gestantes, idosos e pessoas com problemas respiratórios, cardíacos ou imunológicos.

Medidas adicionais para garantir segurança e proteção:

1. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): incentivar a utilização de máscaras para alunos e funcionários que precisem sair ao ar livre durante picos de poluição. Orientar sobre a importância e o uso adequado das máscaras para proteção respiratória.

2. Identificação de áreas seguras: criar “refúgios” internos com melhor qualidade do ar para alunos com problemas respiratórios. Utilizar filtros de ar de alta eficiência, se disponíveis, para melhorar a qualidade do ar nesses espaços.

3. Comunicação com a comunidade: estabelecer parcerias com autoridades de saúde e meteorológicas para obter informações atualizadas sobre a qualidade do ar. Manter os pais informados sobre a situação e as medidas adotadas pela escola e oferecer orientações para proteger as crianças.

4. Educação sobre poluição e saúde: promover atividades educativas que ensinem os alunos sobre os efeitos da poluição do ar e a importância de proteger o sistema respiratório.

5. Limpeza das instalações: reforçar a limpeza das áreas internas da escola para reduzir a presença de partículas poluentes. Utilizar aspiradores com filtros, se disponíveis, para minimizar a dispersão de poeira e alérgenos.

6. Suspensão das aulas presenciais: considerar a suspensão das aulas apenas como última alternativa, em casos de qualidade do ar “muito ruim” ou “péssima”, avaliando, junto à comunidade, as condições de biossegurança do ambiente escolar.

Atendimento – O MEC tem à disposição das redes de ensino um canal exclusivo para atendimento. Em caso de dúvidas ou demandas específicas sobre o tema, envie e-mail para apoiomec@mec.gov.br.

Acesse o guia de orientações

Ligue 193 (Bombeiros) se vir fogo, 192 para atendimentos médicos de emergência (SAMU) e 199 para acionar a Defesa Civil.