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COMBATE AO CORONAVÍRUS
Instituto Santos Dumont desenvolve equipamentos de proteção à Covid-19
O Instituto Santos Dumont (ISD), organização social vinculada ao Ministério da Educação (MEC), está produzindo ‘Máscaras-Escudo’ (Face Shield) para doação a hospitais com pacientes infectados pelo novo coronavírus no Rio Grande do Norte.
A linha de produção foi montada no final de março por professores e alunos do mestrado em neuroengenharia do centro de pesquisas do Instituto — o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra, em Macaíba (RN). As peças são construídas com auxílio de impressoras 3D, a um custo de R$ 5 por unidade, suprido por meio de doações. Elas são feitas à base de acetato plástico e semelhantes a produtos, que diante da forte demanda com a pandemia, ficaram escassos no mercado.
A produção, em pouco mais de um mês, alcançou 1.200 máscaras. O ritmo atual é de aproximadamente 100 peças por dia.
Todo o material produzido já foi encaminhado para doação. Os produtos chegaram até agora a 49 hospitais, serviços de urgência e emergência e maternidades do Rio Grande do Norte distribuídos entre 17 municípios.
Atualmente, o ISD está produzindo mais 800 máscaras após receber doações de insumos, como acetato e filamentos de impressora.
Outros projetos – O instituto possui ainda outros projetos para de fabricação de equipamentos para o enfrentamento da doença. Um deles é a criação de uma espécie de cilindro de proteção para ser utilizado na cabeça de pacientes internados portadores de Covid-19.
O produto, feito de acetato, foi desenvolvido por alunos do mestrado e seria uma opção mais barata e fácil de usar do que caixas de acrílico que hospitais brasileiros começaram a adotar nos atendimentos.
Assim como as caixas, os cilindros seriam posicionados em volta da cabeça dos pacientes para reduzir os riscos de contaminação do ambiente e aumentar o nível de proteção dos profissionais.
Segundo o coordenador de pesquisas do Instituto, Edgard Morya, o formato cilíndrico facilitaria o uso e a higienização. O custo estimado por peça também seria cerca de 10 vezes menor. “No nosso projeto, calculamos um custo em torno de R$ 50 por peça [...] Os que são utilizados atualmente chegam a R$ 400,00 ou R$ 500,00 por peça”, disse.
Paralelamente, alunos e pesquisadores também estão desenvolvendo respiradores mecânicos, essenciais a pacientes com falta de ar aguda, e esperam a chegada de sensores necessários à realização dos primeiros testes em laboratório. Os sensores, em falta no Brasil, virão da China.
“Os alunos fizeram um pedido para a realização dos testes. Uma vez que o sistema funcione, o conhecimento será disponibilizado ao mercado”, acrescentou o pesquisador.
Doações – O ISD recebe doações de acetato, filamentos de impressora 3D ou em dinheiro, para compra de matéria-prima. Mais informações estão disponíveis no site http://www.institutosantosdumont.org.br/covid-19/.
Assessoria de Comunicação Social, com informações do Instituto Santos Dumont