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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Hospital Universitário da Rede Ebserh no Rio de Janeiro auxilia crianças e adolescentes vítimas de violência
Cinquenta. Esse é o número aproximado de atendimentos que o Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), vinculado à Rede Ebserh, fez somente em 2019 a crianças e adolescentes que sofreram violência sexual. O número assusta, ainda mais quando fazemos uma média mensal: são 4,16 casos. Isso sem contar os outros tipos de violência. Por conta do alto índice, em 2001, o hospital criou o Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência (ACAVV) e se tornou referência neste tipo de trabalho juntamente ao Ministério da Saúde e das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde.
O objetivo é dar suporte à crianças e adolescentes que foram ou ainda são vítimas de violência, tanto intra quanto extradomiciliar, sexual ou não. O hospital oferece auxílio a pessoas de até 19 anos, independente do sexo, que são originárias de Niterói (RJ) e adjacentes, vindas por demanda espontânea ou encaminhadas ao HUAP, por meio das instituições do sistema de garantia de direitos e da rede intersetorial. Segundo Senir Santos da Hora, o atendimento é multiprofissional incluindo avaliações com pediatra, que define quais consultas serão necessárias, avalia necessidade de exames, e o assistente social atende a vítima para apoio e orientações.
“No atendimento, também é elaborado relatório, laudo e/ou parecer social com base em estudo prévio de cada situação e encaminhamento aos órgãos competentes (Conselho Tutelar, Vara de Infância, Juventude e do Idoso, Ministério Público, etc)”, esclarece a assistente social.
A violência, também denominada de abuso ou mau-trato, já é uma das temáticas centrais da saúde pública por conta de sua grande relevância e pelas suas repercussões na morbimortalidade da população. O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) tornou obrigatória a notificação, por parte dos profissionais de saúde ou qualquer outro profissional, de casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos contra a criança ou o adolescente. Senir explica que notificar o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) é uma exigência legal, independentemente de a violência ser confirmada ou não.
“A notificação auxilia no mapeamento dos casos, revelando sua magnitude. Também permite que a violência perpetrada contra estes segmentos da população saia da invisibilidade, subsidiando o fortalecimento da vigilância e da rede de atenção e proteção, além de favorecer o planejamento de políticas públicas de enfrentamento”,
Para falar com o ACAVV, os telefones são: (21) 2629-9410/2629-9265. Já para entrar em contato com o Disque Direitos Humanos: Disque 100.
Assessoria de Comunicação Social da Ebserh