Notícias
PESQUISA
Especialistas em mar profundo são chamados para expedição
O navio de pesquisa JOIDES Resolution atracará pela primeira vez no Atlântico Sul e na costa brasileira. E está chamando para participar da expedição do International Ocean Discovery Program (IODP) 387 pesquisadores em nível de doutorado, pós-doutorado ou pesquisador pleno, que tenham mais de oito anos de título, em todas as especialidades relacionadas ao tema mar profundo.
A chamada é para atuar no navio de pesquisa. A expedição recebe propostas até 1º de março, e ocorrerá entre 26 de abril e 26 de junho de 2020. Durante a permanência no navio, os pesquisadores terão suas despesas de acomodação e alimentação custeadas pelo programa. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) financia a participação do Brasil no consórcio JOIDES Resolution desde 2013.
O International Ocean Discovery Program (IODP) é um programa internacional de pesquisas marinhas, que visa investigar a história e a estrutura da Terra, a partir do registro em sedimentos e rochas do fundo do mar. O programa reúne parte significativa da comunidade científica atuante nas ciências do mar em águas profundas de diversos países.
A Expedição 387 perfurará a parte superior da bacia da Foz do Amazonas, na margem equatorial do Brasil, para recuperar uma sequência sedimentar que abrange quase todo o período cenozóico. O programa reúne parte significativa da comunidade científica atuante nas ciências do mar em águas profundas de diversos países usando avançada tecnologia em perfuração oceânica.
Gerson Fauth, que atuará como co-chief na expedição 388, em junho de 2020, convida os pesquisadores a participarem da Chamada 387: “Os brasileiros estão tendo a grande oportunidade de testar suas hipóteses através de amostras coletadas em grandes profundidades, ou seja, é uma enorme oportunidade para o mundo científico.”
Simone Mantovanelli é paleomagnetista e participou, em 2016, da expedição 366, em uma jornada que coletou materiais para investigação dos processos físicos, químicos e biológicos em uma região de vulcões de lama. Para a pesquisadora, a expedição foi a chance de convívio com cientistas renomados. Uma “experiência maravilhosa”, em suas palavras. “A oportunidade de ir para esses lugares coletar material é única”, comentou.
Já Bruna Dias, micropaleontóloga, seguirá na expedição 378 em janeiro de 2020, mas já exalta a parceria entre a Capes e o programa IODP: “A ação permite a ampliação da rede de colaboração internacional com outros cientistas.”
Assessoria de Comunicação Social