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CERIMÔNIA
Ao empossar presidente, ministro destaca importância da Capes na formação de professores
Para o ministro, a presença de Anderson Correia na presidência da Capes é garantia de qualidade na formação de professores (Foto: Luís Fortes/MEC)
O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, deu posse nesta terça-feira, 19, ao novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Anderson Ribeiro Correia, ex-reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Em seguida, Correia deu posse aos novos conselheiros da agência. A cerimônia contou com a presença do ministro de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
Ricardo Vélez destacou a importância da Capes na formação de professores e afirmou que educação, em ciência e tecnologia, é um ponto primordial para nosso desenvolvimento como nação. “Sem educação e sem educação em ciência e tecnologia, não teremos desenvolvimento. A presença do professor Anderson aqui à frente da Capes é garantia de que nós teremos, nos próximos anos, políticas públicas de muita qualidade para desenvolvermos adequadamente a formação de mestres doutores e, sobretudo, professores que sejam introdutores do amor à ciência e à tecnologia no ciclo fundamental.”
Ele disse ainda que o adolescente está abandonando a escola porque também não encontra algo interessante em sala de aula. “É porque o adolescente não quer somente conhecimentos livrescos, puramente teóricos. Ele quer prática. Quer tornar realidade aquilo que estuda. E para isso, nada melhor que já incutir, no início do fundamental, a ciência em sala de aula. A prática da ciência e da experimentação em sala de aula é a grande via que leva ao desenvolvimento do nosso jovem, que depois aprofundará esses conhecimentos para virar um profissional”, completou.
Como primeiras ações à frente da Capes, Anderson Correia anunciou a busca de recursos para lutar pela ciência e educação. “A Capes perdeu muito orçamento nos últimos anos. Atualmente temos um orçamento de R$ 4 bilhões e precisamos usar bem nosso orçamento, mas precisamos também buscar formas de trazer mais recursos. Não só a Capes, mas a Finep [Financiadora de Inovação e Pesquisa] e CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] também precisam de mais recursos para a ciência no Brasil. Todos estão empenhados nesta linha. Os ministros, o presidente e a reforma da Previdência é um caminho para isso. Sanear as contas públicas e buscar mecanismos para buscar investimento na pesquisa.”
Conselheiros - Logo depois, o presidente da Capes deu posse aos seis novos conselheiros da agência, sendo Mauro Luiz Rabelo (Sesu) e Tânia Leme de Almeida (SEB), do Ministério da Educação. Os outros conselheiros que tomaram posso nesta terça-feira são João Luiz Filgueiras de Azevedo (CNPq), general Barroso Magno (Finep), Márcio de Castro Silva Filho (Foprop) e Otávio Luiz Rodrigues Junior (USP).
Ciência da Escola - Antes da diplomação, os ministros do MEC e do MCTI se reuniram para discutir o projeto Ciência na Escola, que tem o objetivo de trazer experimentações para dentro da sala de aula. “Dentro desse programa temos universidades e pesquisadores, assim como professores de escolas e alunos, nessa participação conjunta de universidade e escola. Com isso, melhoramos os resultados práticos lá na frente, daqui a 10 anos maior quantidade de pesquisadores, porque temos perdido pesquisadores, o prestígio da ciência e tecnologia, o prestígio dos pesquisadores, as inovações no Brasil. É um programa de base extremamente importante”, afirmou o ministro Marcos Pontes.
O Ciência na Escola aparece no documento das metas do executivo para os 100 primeiros dias do Governo Federal. Segundo o ministro Ricardo Vélez, a preocupação fundamental no MEC é revitalizar o ensino fundamental e o ensino técnico de segundo grau. “Nesse fortalecimento, vamos ter de introduzir em sala de aula um diálogo, um bate-papo e uma série de práticas que, com a ajuda do Ministério de Ciência e Tecnologia, vamos tornar concretas para os alunos experimentarem, criarem suas rotinas de observação, para que os conhecimentos que recebem em sala de aula não sejam apenas teóricos", concluiu.
Assessoria de Comunicação Social