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FINANCIAMENTO
Acordo autoriza repasse de R$ 900 milhões do Fundef a Recife

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O Ministério da Educação (MEC) e a Advocacia-Geral da União (AGU) celebraram acordo com a Prefeitura do Recife (PE) que prevê o repasse de R$ 900,4 milhões ao município e encerra demanda judicial relativa ao pagamento de verbas do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A assinatura, realizada nesta quinta-feira, 20 de março, no Palácio do Planalto, reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro da Educação, Camilo Santana; e o prefeito do Recife, João Campos.
O acordo prevê que o município deverá elaborar plano de aplicação dos recursos compatível com o Plano Nacional de Educação. A fiscalização da correta aplicação da verba será feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), garantindo transparência e responsabilidade no uso dos recursos. O valor será pago via precatório, a partir de 2025, em três parcelas anuais e sucessivas de 40%, 30% e 30%.
A Prefeitura do Recife anunciou que vai empregar os recursos na ampliação de vagas em creche, na educação inclusiva, na ampliação do ensino integral, além da requalificação de equipamentos da rede, construção de novas unidades e valorização dos profissionais da área.
Negociação – O acordo foi firmado conforme as diretrizes do Plano de Negociação nº 13, da AGU, que tem como objetivo fomentar a autocomposição em processos que tratam do recálculo do valor mínimo anual por aluno (VMAA) do Fundef.
A AGU já celebrou acordos semelhantes com 117 municípios e diversos estados. O último deles, firmado em fevereiro de 2025, garantiu o repasse de R$ 1 bilhão ao município de Salvador (BA), também para serem aplicados exclusivamente na educação.
Em 2024, foram firmados acordos com os estados da Bahia, Alagoas, Pará, Sergipe e Pernambuco, encerrando processos que tramitavam há mais de duas décadas no Supremo Tribunal Federal (STF) e gerando aos cofres públicos uma economia de R$ 12,4 bilhões, além de terem liberado R$ 6,4 bilhões para os estados investirem em educação.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da AGU