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EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS
MEC celebra Dia Nacional do Surdo
A diretora de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos, Patrícia Rezende, afirmou que o Dia Nacional do Surdo reconhece toda a luta da pessoa surda, a história e os marcos legais que compõem o ordenamento jurídico brasileiro. Foto: Reprodução/MEC
Para celebrar o Dia Nacional do Surdo, comemorado nesta quinta-feira, 26 de setembro, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), promoveu o encontro Setembro Azul/Surdo: pessoa surda em foco. O evento ocorreu no auditório do Anexo I do Ministério, em Brasília (DF), e foi transmitido pelo canal do MEC no YouTube.
O evento buscou sensibilizar a sociedade sobre a importância do respeito às especificidades linguísticas e culturais das pessoas surdas, especialmente das que sofrem múltiplas opressões. Outros objetivos foram fortalecer a identidade surda, valorizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e promover a participação política e social das pessoas surdas.
Na abertura, a diretora da Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs), Patrícia Rezende, informou que a Dipebs realiza a estruturação de políticas educacionais da modalidade de educação bilíngue de surdos em todo o território nacional. Rezende lembrou que a Lei nº 11.796 instituiu, em 2008, o Dia Nacional dos Surdos e foi sancionada no segundo mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“A data homenageia os surdos e faz referência ao marco nacional da educação bilíngue de surdos, com a criação, em 1857, da primeira escola de surdos do Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos [Ines], no Rio de Janeiro”, destacou.
Além disso, Patrícia Rezende falou que estava vestida de azul em alusão ao mês Setembro Azul, campanha anual que visa dar visibilidade à comunidade surda e promover a inclusão social, a cultura e os direitos das pessoas surdas. Ressaltou, ainda, a importância da Lei de Libras (Lei nº 10.436/2002), que oficializou a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão dos surdos no Brasil.
Segundo a diretora, “o Dia Nacional do Surdo reconhece toda a luta da pessoa surda, a história e os marcos legais que hoje nós temos e que compõem o ordenamento jurídico brasileiro. Por isso, temos orgulho de sermos surdos. O objetivo do Ministério da Educação e da Dipebs é pensar a pessoa surda em suas interseccionalidades, em suas especificidades e suas particularidades. Nós temos mulheres surdas, LGBTQIA+, indígenas, surdos negros e cegos. Através dessa representatividade, nós mostramos a comunidade surda em sua perspectiva linguística e esse público que é uma comunidade plural”.
Participaram do encontro representantes do MEC, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), de outros órgãos governamentais e da comunidade surda, assim como demais membros da sociedade civil.
Programação – Após a abertura, foi apresentada a palestra “O que é Setembro Azul/Surdo?”, ministrada por Isabella Bahia, tradutora de Libras. Em seguida, houve relato-palestra com o tema “‘Quem são os surdos?’ ou ‘Surdos são todos iguais?’”, proferido por Yanna Porcino, graduada em Letras/Libras e pesquisadora na área de literatura surda, além de conselheira de Diretoria da Coordenadoria Nacional de Jovens Surdos (CNJS).
Contexto – O Dia Nacional do Surdo, celebrado em 26 de setembro, é marcado por ações e reflexões sobre a inclusão das pessoas surdas em várias áreas, como mercado de trabalho, educação, mídia e políticas públicas.
O Setembro Azul é um mês dedicado à comunidade surda, marcando lutas e conquistas ao longo dos anos. O movimento, iniciado em 2011, busca promover as Libras e a cultura surda, bem como garantir o direito à educação de qualidade para surdos.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi