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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Novos Institutos Federais vão gerar 140 mil novas vagas
Foto: Ricardo Stuckert /PR
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, anunciaram, nesta terça-feira, 12 de março, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a construção de 100 novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) em todas as unidades da Federação. A iniciativa vai gerar 140 mil novas vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Lula lembrou na cerimônia que a primeira escola técnica do Brasil foi criada em 1909, pelo então Presidente Nilo Peçanha, e que, quando assumiu o primeiro mandato, em 2003, havia somente 140 escolas técnicas no País. Agora, com o anúncio dos novos 100 campi de Institutos Federais, serão 782 unidades da Rede Federal.
Na ocasião, o Presidente se recordou dos jogadores da seleção brasileira de futebol que já marcaram mil gols — Pelé, Túlio Maravilha e Romário — e se comprometeu a construir até mil campi de Institutos Federais. “Nós temos uma meta: marcar mil gols. E os nossos mil gols vão ser construir mil Institutos Federais neste país, para a gente resolver definitivamente o problema da educação”, destacou.
Para Lula, ter uma profissão permite ao homem e à mulher terem um “status de cidadania”, que sem educação não é possível conquistar. “Essa é a importância de um curso técnico e é por isso que nós vamos fazer mais escolas técnicas neste país, sobretudo para que a gente seja cidadão de primeira classe”, comentou.
Já o Ministro Camilo Santana apontou o compromisso que o Presidente Lula tem com a educação pública, gratuita e de qualidade. “A criação dos Institutos Federais foi uma das mais exitosas políticas públicas de educação neste país”, disse.
Camilo informou, ainda, que houve critérios para seleção dos lugares e das cidades onde serão instalados os novos campi. “Primeiro, olhamos para os vazios demográficos, a proporção de matrículas de ensino técnico ofertadas em cada estado e o número de institutos por população em cada estado. Temos tido uma cobrança de prefeitos, parlamentares e da sociedade de mais Institutos Federais, e isso é uma coisa boa. É a sociedade querendo novos Institutos Federais, porque dão resultados efetivos para a vida de estudantes brasileiros”, afirmou.
O Ministro ressaltou que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções prevê, além da criação de 100 novos institutos, a consolidação das unidades já existentes no País inteiro, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, sala de aulas e instalação de equipamentos. “Só na infraestrutura, vamos fazer um investimento de R$ 2,5 bilhões, para expansão e construção de novos campi dos Institutos Federais em todo o Brasil, mas nós estamos destinando R$ 1,4 bilhão para consolidação das unidades já existentes. Cada reitor está dialogando com o MEC para colocar as suas prioridades e as suas necessidades para aquela unidade da Federação”, observou.
Por fim, apontou que, ao todo, serão R$ 3,9 bilhões de investimentos do PAC para essas ações. “Esses novos Institutos Federais vão gerar 140 mil novas matrículas. Estamos fazendo um acordo com os reitores para que os 100 novos campi ofertem, no mínimo, 80% das vagas para curso técnico integrado ao ensino médio”, informou.
Cerimônia – A estudante Marisa Torres Cajado, do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas Educacionais do Instituto Federal de Brasília (IFB), Campus São Sebastião (DF), representou os alunos de todo o País e contou que sempre estudou em escola pública. De acordo com Marisa, é preciso garantir, além da construção de novas unidades, alimentação e transporte para os estudantes. “O fato de eu estar aqui hoje mostra o tanto que o IFB traz muitas oportunidades para nós, jovens estudantes. Essas 100 novas unidades de Institutos Federais vão trazer oportunidades para muitas mais pessoas e trazer a chance de pessoas sonharem com o futuro, assim como eu sonho com a universidade pública”, falou.
O reitor do Instituto Federal Goiano (IFG) e presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Elias Monteiro, parabenizou o Presidente Lula pelo trabalho que vem desenvolvendo para ampliar e melhorar a educação no Brasil, por meio de projetos estruturantes que trazem mais oportunidades e dignidade aos jovens brasileiros. “Somos mais de 1 milhão e meio de estudantes, mais de 80 mil servidores, e estamos em todas as mesorregiões do País. Agora seremos mais 100 unidades. Essa é a maior e mais bem sucedida política pública em educação que este País já viu. Ouso dizer que somos um modelo único no mundo, que tem sido cada vez mais referenciado”, considerou.
Também estavam na cerimônia Gerado Alckmin, vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Rui Costa, Ministro da Casa Civil; Fernando Haddad, Ministro da Fazenda; Getúlio Marques Ferreira, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC; Luciele Laurentino, prefeita de Bezerros (PE); Jade Beatriz, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); autoridades; parlamentares; e a comunidade acadêmica.
Expansão – O objetivo da nova expansão da Rede Federal é aumentar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica (EPT), criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis. A construção de novos campi nos municípios impacta de imediato o setor da construção civil, o que gera emprego e renda. As novas escolas, quando estiverem em funcionamento, levarão à comunidade desenvolvimento local e regional.
O programa de expansão dos IFs marca a retomada de investimentos na criação de novas unidades de Institutos Federais no Brasil, quase dez anos após a última expansão estruturada da Rede Federal. Também celebra uma das políticas educacionais mais bem sucedidas no âmbito da educação profissional, que permitiu a chegada da educação pública de qualidade às localidades mais distantes dos grandes centros e da capital dos estados, tornando-se uma das redes mais capilarizadas na oferta de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.
Histórico – Em 29 de dezembro de 2008, o então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.892, criando 38 Institutos Federais. Até 2002, o Brasil tinha 140 escolas técnicas. Nos Governos Lula e Dilma, houve a maior expansão da história da Rede Federal, que é formada pelos IFs; pelos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets); pelas Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; e pelo Colégio Pedro II. Foram criados 422 campi entre os anos de 2005 e 2016, sendo 214 entre 2005 e 2010, além de 208 entre 2011 e 2016. Nesse período, também foram entregues ou incorporadas à Rede outras 92 unidades. Atualmente, são 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, a Rede Federal passa a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.
Assessoria de Comunicação Social do MEC