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SAÚDE NA ESCOLA
Governo federal inicia campanha contra a dengue nas escolas
Em mais um importante passo para o enfrentamento das arboviroses e de conscientização sobre o aumento de casos de dengue no Brasil, o governo federal realiza uma mobilização nas escolas públicas do País contra o mosquito Aedes aegypti. A iniciativa, do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Saúde (MS), acontece nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, na Escola Classe Juscelino Kubitschek, localizada na região do Sol Nascente (DF).
Além de chamar e sensibilizar estados e municípios, a ação faz parte da retomada do Programa Saúde na Escola (PSE), reestruturado em 2023. Haverá 20 semanas de atividades e engajamento das comunidades escolares. No âmbito do programa, 25 milhões de estudantes serão orientados em mais de 102 mil instituições públicas de ensino.
Realizado durante a semana de abertura do calendário escolar das escolas públicas, o evento “Brasil unido contra a dengue: combate ao mosquito nas escolas” será aberto à comunidade local. Agentes de combate às endemias estarão presentes para demonstrar a importância da eliminação de focos do mosquito e reforçar seu papel de proteção junto à comunidade.
Ao longo dos próximos meses, as escolas em todo o Brasil vão realizar atividades lúdicas para sensibilização, com gincanas, teatros educativos, oficinas criativas, palestras, murais da prevenção e concursos para engajar crianças, adolescentes e jovens no combate à dengue. Adicionalmente, o programa vai divulgar guias educativos, podcasts, vídeos com participação das comunidades escolares e lives com especialistas para convocar toda a população ao enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti.
Segundo o terceiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de Índice Amostral (LIA) do Ministério da Saúde, 75% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos e outros).
Na última semana, o Ministério da Saúde ampliou para R$ 1,5 bilhão os recursos reservados para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências, como a alta de casos de dengue no País. Em 2023, a Pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim. Também foi anunciada a aceleração da liberação de recursos para estados e municípios que decretarem emergência — por dengue, outras arboviroses ou situações acometedoras da saúde pública.
O Distrito Federal é a unidade da Federação com maior número de casos por 100 mil habitantes. O Sol Nascente está entre as três regiões administrativas que lideram esse índice. No início do mês, o Ministério da Saúde iniciou, pela capital federal, a estratégia de vacinação contra a dengue em crianças de 10 a 11 anos. À medida que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante, a aplicação de doses vai avançar progressivamente para contemplar todo o público-alvo inicial, de 10 a 14 anos, acordado entre os conselhos representantes dos secretários de saúde estaduais e municipais, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Durante o evento na Escola Classe Juscelino Kubitschek, as crianças serão vacinadas contra a dengue e com os demais imunizantes do calendário infantil. Um ponto de multivacinação estará disponível para reforçar a importância da aplicação de todas as vacinas recomendadas, garantindo a proteção das crianças, grupo que registra alto índice de hospitalização em razão da dengue. A principal medida de prevenção, no entanto, é a eliminação dos criadouros do mosquito. Daí vem a importância de receber os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.
Programa Saúde na Escola – O PSE, criado em 2007 e resultado de uma parceria entre os Ministérios da Educação e da Saúde, é voltado a crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira para promover saúde e educação integral. É uma estratégia para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras, que busca melhorar a saúde dos educandos; reduzir a evasão escolar e a intermitência de frequência por problemas de saúde; e reforçar os compromissos e pactos estabelecidos por ambos os setores.
Em 2023, o governo federal ampliou políticas que não foram abordadas pela gestão anterior, retomando temáticas como prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção de HIV e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) nas escolas. O Ministério da Saúde destinou mais de R$ 90 milhões para os municípios que aderiram ao PSE. O ciclo 2023-2024 alcançou recorde histórico de adesões, com 99% das cidades brasileiras habilitadas ao recebimento do recurso.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do MS