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Brasil e Angola fecham parceria para formação profissional
O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, recebeu a delegação do Ministério de Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola para discutir a ampliação da cooperação bilateral, com ênfase na pós-graduação, na cooperação entre hospitais universitários e na troca de experiência sobre supervisão e regulação do ensino superior. O encontro ocorreu na última segunda-feira, 26 de fevereiro.
No âmbito do MEC, participaram a secretária-executiva, Izolda Cela; a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, Zara Figueiredo; o secretário de Educação Superior, Alexandre Brasil Fonseca; a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Marta Wendel Abramo; e a equipe da Assessoria Internacional do Ministério da Educação (AI-MEC).
Já a comitiva angolana foi liderada pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, e contou com: o diretor do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), Milton Chivela; dirigentes da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundecit), da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto (UAN); entre outros representantes. Acompanhou a visita o embaixador de Angola em Brasília, Manuel Eduardo dos Santos e Silva Bravo.
O Ministro Camilo Santana recordou que o diálogo bilateral ganhou impulso com a visita que o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez a Luanda em agosto de 2023. Desde então, essa já foi a segunda delegação ministerial de Angola a visitar o MEC. Em dezembro, a ministra da Educação Básica angolana, Luísa Maria Alves Grilo, apresentou os temas de sua alçada de interesse. A frequência dos encontros testemunha o bom momento das relações bilaterais.
No diálogo, as delegações destacaram que reuniões da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) dedicadas à avaliação da educação superior têm proporcionado maior conhecimento mútuo sobre os sistemas de cada país. Recordaram, ainda, que os Programas de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) e de Pós-Graduação (PEC-PG) serviram historicamente à formação de quadros de Angola. Ambos podem ser ainda mais bem aproveitados a partir do engajamento do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas (Inagbe) no processo de seleção.
Em seguida, enquanto o lado brasileiro informou sobre a recente reestruturação dos PECs, o lado angolano indicou haver semelhanças entre o Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HU-UnB) — que havia sido visitado pela delegação — e um hospital universitário a ser construído na Universidade Agostinho Neto, em Angola. Ao final, acordou-se desenvolver um plano de ação com medidas concretas, que permitam o avanço e monitoramento da cooperação bilateral.
Capes – A delegação angolana também visitou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao MEC, em que foi recebida pela presidente da instituição, Denise Pires de Carvalho. Na ocasião, a presidente apresentou a autarquia e os investimentos feitos na pós-graduação brasileira, bem como na formação de professores da educação básica. “É um momento de muita esperança, nossos desafios são muitos e semelhantes, e as experiências bem-sucedidas dos dois lados podem fazer com que avancemos mais rapidamente”, afirmou Denise Pires de Carvalho. Representantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao MEC, estiveram igualmente presentes.
Já a ministra Maria Bragança destacou que espera ampliar a colaboração entre Angola e Brasil em diversas áreas do conhecimento, para o desenvolvimento dos dois países. Dessa forma, acredita ela, a expectativa é que se tornem nações menos desiguais, com mais liderança e qualidade de vida para a população. “Temos um interesse muito especial na formação e qualificação dos professores”, reforçou.
O governo angolano deixou clara sua intenção de que mais estudantes de seu país possam cursar pós-graduação no Brasil, sobretudo nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. “Vamos construir um plano de ação e uma cooperação que beneficie os dois países”, disse a ministra. A delegação angolana visitou — além do MEC, da Capes e do Hospital Universitário da UnB — a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e assinou um documento com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Parceria – Atualmente, 70 alunos angolanos participam do PEC-PG, que oferece formação em instituições brasileiras a estudantes de países com os quais o Brasil mantém acordo de cooperação educacional, cultural ou científico e tecnológico. Ao todo, na pós-graduação brasileira, estão atualmente matriculados cerca de três mil estudantes oriundos da África, Ásia, América do Sul, América Central, bem como do Caribe.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional e da Capes