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EDUCAÇÃO BÁSICA
Encontro orienta articuladores do Escola das Adolescências
O Ministério da Educação (MEC) está realizando o 2º Encontro Formativo da Rede Nacional dos Articuladores Técnicos do Programa Escola das Adolescências entre os dias 9 e 11 de dezembro. A finalidade das atividades é planejar a implementação do programa nas redes de ensino em 2025, promover a troca de experiências entre as redes, além de aprofundar a compreensão sobre a organização curricular e pedagógica da política. O evento é fechado para o público e voltado aos articuladores previamente indicados pelas secretarias estaduais.
A programação do encontro aprofunda a compreensão da organização curricular e pedagógica da política. Sua proposta se assenta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pretende apoiar a estruturação da parte diversificada do currículo, conforme os critérios de regionalidade e as normativas vigentes para os anos finais do ensino fundamental. No contexto do Programa Escola das Adolescências, os Clubes de Letramentos são espaços de inovação curricular. Eles se apoiam no enriquecimento de formas conhecidas de organização curricular e pedagógica para reconstruir, de forma inovadora, novas maneiras de articular teoria e prática, a partir da mediação docente intencionalmente voltada à construção de situações de ensino e aprendizagem que promovam mais participação, protagonismo e autoria dos estudantes. O encontro permitirá planejar, de forma intencional, a implementação dos materiais de apoio para a implementação dos Clubes de Letramento Matemático, Científico, Literário e de Corporeidade e de Humanidades e Cidadania do Programa Escola das Adolescências, que são os Cadernos de Inovação Curricular.
A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, participou da abertura. Segundo ela, a Secretaria de Educação Básica (SEB) sempre se preocupou com os anos finais do ensino fundamental. “Embora [essa etapa de ensino] não estivesse aparecendo como uma política prioritária, nós, da educação básica, nos preocupamos desde o início com esse segmento, que era chamado socialmente de ‘os esquecidos’, que são os adolescentes do 6º ao 9º ano”, explicou.
Segundo a secretária, a pasta determinou as etapas dos anos iniciais do ensino fundamental e do ensino médio como prioritárias com seus programas Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e Pé-de-Meia. “Nós fomos aos poucos entendendo o que poderíamos fazer para proporcionar o direito a uma aprendizagem significativa, uma escola mais identificada com toda a potência dos nossos estudantes dos anos finais do ensino fundamental”, apontou.
“Dessa forma, nosso primeiro desafio foi fazer uma mobilização nacional que escutou mais de 2 milhões e 300 mil adolescentes do 6º ao 9º ano. A partir disso, nós conseguimos criar uma rede nacional para propor estratégias e para tornar os currículos, no chão das escolas, mais próximos da realidade desses estudantes”, disse.
Escola das Adolescências – O Programa Escola das Adolescências, instituído pela Portaria nº 635/2024, é uma estratégia do governo federal de apoio técnico-pedagógico e financeiro para fortalecer os anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano). Conjugando esforços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a iniciativa busca construir uma proposta para essa etapa de ensino que: conecte-se com as diversas formas de se viver a adolescência no Brasil; promova um espaço acolhedor; e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
A política inclui produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais do ensino fundamental, assim como incentiva, financeiramente, escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais. Além disso, encoraja maior conexão com as características dos anos finais, para apoiar a construção de trajetórias de sucesso escolar. Suas estratégias se dividem em três eixos: governança; organização curricular e pedagógica; e desenvolvimento profissional.
No primeiro ciclo de adesão ao PDDE Escola das Adolescências, relativo ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), 3.815 redes de ensino e 17.382 escolas pactuaram a participação no programa. Seu eixo de organização curricular e pedagógica, a partir da implementação dos Clubes de Letramentos, obteve aporte direto de R$ 107 milhões do Ministério da Educação.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB