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EQUIDADE
Educação Antirracista debate mulheres negras na ciência
O quarto episódio do programa Educação Antirracista em Diálogo, que será transmitido na quarta-feira, 11 de dezembro, contará com participação especial da professora Anna Maria Benite, doutora em Química e professora titular da Universidade Federal de Goiás (UFG). Com transmissão às 19h30, o programa será reprisado na quarta às 23h30; na quinta às 6h, 13h e 20h30; no sábado às 11h; e no domingo às 21h30.
Com a consultoria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), a série busca discutir como as escolas podem enfrentar os desafios relacionados ao racismo estrutural e à exclusão social.
Benite é uma referência acadêmica e ativista comprometida com a luta antirracista. Ela coordena o Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão; fundou o coletivo Ciata - Grupo de Estudos sobre a Descolonização do Currículo de Ciências; e lidera o projeto Investiga Menina, que inspira jovens negras a ingressarem nas áreas científicas.
O episódio desta semana abordará questões fundamentais sobre a baixa representatividade de mulheres negras nas ciências exatas, destacando como o racismo estrutural e o machismo influenciam a falta de visibilidade e de oportunidade para essas mulheres. Durante a conversa, a especialista desafia os ouvintes com uma pergunta contundente: “Você se lembra de ter estudado sobre alguma mulher negra cientista na sua educação básica?”.
A convidada enfatiza que a ausência de referências nos currículos escolares é um dos grandes fatores para essa invisibilidade, o que se reflete diretamente na formação de futuras gerações. Canavarro também fala da sua trajetória de superação e resistência, desde a infância até a militância e a ascensão como cientista, contando uma história inspiradora sobre a importância da educação pública e da representatividade.
Com histórias emocionantes e transformadoras, a ativista apresenta, ainda, o impacto do projeto Investiga Menina. Ele promove aulas regulares de ciências em escolas públicas de periferia e conecta estudantes com pesquisadoras negras de destaque. O projeto já alcançou mais de 4 mil jovens e tem mudado vidas ao mostrar, na prática, que “ciência também é lugar para mulheres negras”.
O episódio destaca os avanços conquistados nas últimas décadas, mas também os desafios que persistem. Benite lembra que há uma produção científica significativa por parte de mulheres negras no Brasil, mas ainda faltam iniciativas de divulgação e acesso a esses conhecimentos, tanto nas escolas quanto na sociedade em geral.
Programa – O programa Educação Antirracista em Diálogo, do Canal Educação, traz entrevistas que auxiliam na formação de professores sobre a implementação da educação para as relações étnico-raciais e da educação quilombola nas escolas. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq), coordenada pela Secadi/MEC.
O programa também está disponível no canal do MEC no YouTube e no Canal Educação.
Serviço
Quarto episódio do programa Educação Antirracista em Diálogo
Data: 11 de dezembro de 2024 (quarta-feira)
Horário: 19h30 (horário de Brasília)
Reprises: quarta-feira (4/12) às 23h30; quinta-feira (5/12) às 6h, 13h e 20h30; sábado (7/12) às 11h; e domingo (8/12) às 21h30
Onde assistir: sintonizando na TV, pelo Canal Educação no YouTube ou pelo canal do MEC no YouTube
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi e do Canal Educação