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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
EJA: MEC marca presença em encontro nacional
O Ministério da Educação (MEC) marcou presença no 18º Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Eneja), que ocorre até esta sexta-feira, 2 de agosto, em Belém (PA), na Universidade da Amazônia (Unama). O evento é fruto de debates realizados pelos Fóruns de Educação de Jovens e Adultos do Brasil durante este ano, a fim de fortalecer a luta por uma educação de qualidade para jovens, adultos e idosos. O tema desta edição é “Educação, democracia e participação popular: fundamentos para uma política pública nacional de EJA [educação de jovens e adultos]”.
Na quinta-feira, 1º de agosto, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Zara Figueiredo, participou da mesa de debates “De uma política de governo, o pacto, a uma política de estado, o Plano Nacional de Educação (PNE)”. A discussão contou ainda com o representante da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae), Luiz Dourado, e com o senador pelo estado do Pará, Beto Faro.
Na ocasião, Zara Figueiredo destacou a importância das ações dos Fóruns EJA, realizados em todo o País, como instrumento político na luta pela democracia e pelo direito à educação pública. “Estou dando tanta ênfase ao Fórum EJA por uma simples razão: o Fórum EJA representa, numa faixa da educação que é um grande desafio, aquilo que a gente tanto preza, que é a democracia. Se hoje a gente pode estar aqui, retomando tudo o que foi construído ao longo do tempo, é porque os movimentos sociais seguraram a barra na ausência de um Estado”, disse ela, lembrando do desmonte da educação brasileira feito no último governo.
A secretária levou os cumprimentos do ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e ressaltou a importância do trabalho que está sendo desenvolvido pelos institutos federais no Brasil inteiro com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi): não só na EJA, mas na educação indígena; escolar quilombola; ambiental; em direitos humanos; especial; do campo; e para as relações étnico-raciais.
“Os institutos federais têm sido parceiros enormes. Nos próximos dias, o ministro Camilo Santana vai lançar uma política voltada para essas populações, que terão uma parceria enorme dos institutos federais”, observou.
Letícia Vieira, que tem 21 anos e é estudante da EJA, foi representante do Pará no Eneja. Ela afirmou que se sentia muito atrasada nos estudos por não ter concluído o ensino médio, mas que se sentiu acolhida com a educação de jovens e adultos. “Eu acho que, quando a gente fala em EJA, vêm na cabeça diversidade e inclusão, porque a EJA foi criada para incluir pessoas que não tiveram a oportunidade de terminar os seus estudos regularmente no ensino médio”, considerou.
Eneja – O Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos teve como objetivos: refletir sobre os sentidos da política pública, construída de forma democrática, na consolidação do direito à educação básica de todas as pessoas; compreender e direcionar as ações dos Fóruns de EJA de cada estado, região ou município na direção da conquista efetiva da política pública de EJA; refletir sobre os desafios para organização da luta em defesa da Política Pública Nacional de EJA e sua implementação nos estados e municípios, com ampliação do acesso, mecanismos indutores e possibilitadores da permanência, como qualidade social; e construir uma agenda de lutas para a ação política dos Fóruns de EJA no âmbito dos municípios, das microrregiões, das unidades da Federação, das regiões e nacionalmente, com vistas à implementação da Política Nacional de EJA, articulando as organizações dos trabalhadores que demandam o direito à EJA.
O evento contou com mesas de discussão, conferências, reunião dos Fóruns Regionais, reunião de segmentos e grupos de trabalho, assim como programação cultural e plenárias.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi