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MEC empossa reitores de instituições federais
O Ministério da Educação (MEC) empossou, na quarta-feira, 24 de abril, 25 reitores de instituições federais de ensino, eleitos democraticamente pelas comunidades acadêmicas. A cerimônia aconteceu no auditório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília (DF). O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do MEC no YouTube e pôde ser acompanhado pelo Canal Educação.
No âmbito das universidades federais, foram empossados 15 reitores. Já na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, foram nove reitores de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), além da diretora-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).
A posse dos novos reitores reforça o compromisso do MEC para garantir a autonomia das instituições federais de ensino, assim como valoriza o processo democrático de escolha dos dirigentes pelas comunidades acadêmicas. O objetivo é proporcionar uma educação de qualidade aos brasileiros.
Em seu discurso, o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, lembrou que um dos primeiros atos que teve ao assumir a Pasta foi abrir as portas do MEC, por acreditar que a construção de qualquer política educacional precisa passar pelo diálogo e pela construção coletiva. “Tenham no Ministro Camilo um aliado de forma franca e sincera, que é o meu jeito de ser, mas saibam que sempre vamos estar de mãos dadas para valorizar e melhorar a educação pública, gratuita e de qualidade, dando oportunidade a todos, diminuindo a desigualdade e garantindo a inclusão. Esse é o meu compromisso, o compromisso da nossa equipe dentro do Ministério. Queremos que todos os reitores, todos os estados e municípios brasileiros possam estar juntos da gente, unidos para construir uma educação que dê oportunidade, porque a educação transforma”, afirmou.
Camilo Santana considerou que a questão da educação superior e técnica no Brasil deve ser vista primeiramente pela infraestrutura física e pessoal das instituições. “Quando a gente inclui no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] os Institutos Federais, não estamos só ampliando essas instituições, que desejo que possam se expandir para todo o País, mas também estamos consolidando os Institutos Federais já existentes, que ainda não têm restaurante para os alunos, laboratório”, disse. Ele ainda afirmou ter conhecimento da demanda de mais servidores nas universidades e nos institutos federais.
Em seu discurso, o secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil, disse que dedicou a vida à universidade pública. Para ele, a gestão acadêmica sempre foi algo que lhe despertou interesse. Particularmente, duas palavras têm norteado a sua vida, reflexão e prática: diálogo e desigualdade. “Precisamos ter uma vivência que se paute pelo diálogo, pela construção coletiva, e uma prática que tenha como embasamento o enfrentamento à desigualdade”, afirmou.
O secretário pontuou, ainda, que a cerimônia de posse dos reitores é uma demonstração concreta da democracia brasileira. “A autonomia universitária, a possibilidade de termos a posse de reitores eleitos pela sua comunidade acadêmica, é um exemplo contundente da importância e do valor da democracia. Sem autonomia universitária, não há ciência, não há educação, não há universidade pública”, completou.
Marcelo Bregagnoli, secretário substituto de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, destacou o papel dos dirigentes das instituições federais. “Ressalto aqui a importância dos reitores com o bem público, com o valor público e com a responsabilidade em retornar para a sociedade o que nos é cobrado, que é o retorno de uma sociedade mais igualitária, equânime e, sobretudo, justa”, destacou.
Os reitores das universidades foram representados por Girlene Alves da Silva, nova reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Segundo ela, a cerimônia representou um momento importante das instituições. “Esse momento é o reflexo, o resultado de um debate democrático para a escolha dos dirigentes. Um momento singular, especial e que nós precisamos fazer sempre, porque ele é fruto de uma luta e de um debate que envolve a comunidade acadêmica de todas as instituições que hoje nós representamos. A universidade, os institutos e Cefets [Centros Federais de Educação Tecnológica] são fortes quando nós asseguramos essa escolha de maneira democrática, debatida para a condução de uma instituição pública”, declarou.
Já os novos reitores dos Institutos Federais foram representados por Elias de Pádua Monteiro, presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e reitor empossado do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Ele afirmou que o momento simbolizava a importância de a comunidade acadêmica poder eleger seus líderes, expressar sua preferência, contribuindo para construção de um ambiente inclusivo e democrático, onde diferentes vozes são ouvidas e respeitadas.
“Dessa forma, a eleição de reitores não apenas legitima o processo de liderança dos Institutos Federais, mas também fortalece a autonomia institucional, bem como os laços de confiança e colaboração entre os diversos segmentos que compõem a comunidade acadêmica.
É com imensa satisfação e responsabilidade que represento meus colegas reitores, que assumem um novo desafio, seja em primeiro mandato como dirigentes ou renovando a caminhada à frente da gestão das nossas instituições”, concluiu.
Confira a lista de reitores empossados pelo MEC:
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Instituto Federal do Paraná (IFPR) — Adriano Willian da Silva Viana Pereira;
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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) — Carla Simone Chamon (diretora-geral);
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Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS) — Elaine Borges Monteiro Cassiano;
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Instituto Federal Goiano (IF Goiano) — Elias de Pádua Monteiro;
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Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) — Júlio Xandro Heck;
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Instituto Federal da Bahia (IFBA) — Luzia Matos Mota;
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Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) — Marcelo Ponciano da Silva;
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Instituto Federal Catarinense (IFC) — Rudinei Kock Exterckoter;
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Instituto Federal Fluminense (IFF) — Victor Barbosa Saraiva;
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Instituto Federal do Amapá (Ifap) — Romaro Antônio Silva;
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Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape) — Airon Aparecido Silva de Melo;
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Universidade Federal do Norte de Tocantins (UFNT) — Airton Sieben;
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Universidade Federal do Rondonópolis (UFR) — Analy Castilho Polizel de Souza (recondução);
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Universidade Federal de Jataí (UFJ) — Christiano Peres Coelho;
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Universidade Federal do Pampa (Unipampa) — Edward Frederico Castro Pessano;
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Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) — Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro (recondução);
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Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) — Girlene Alves da Silva;
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Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) — Jacques Antonio de Miranda;
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Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) — João Alfredo Braida;
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Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) — João Paulo Sales Macedo;
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Universidade Federal de Roraima (UFRR) — José Geraldo Ticianeli;
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Universidade Federal de Alagoas (Ufal) — Josealdo Tonholo;
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Universidade Federal de Rondônia (Unir) — Marília Lima Pimentel Cotinguiba;
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Universidade Federal de Catalão (Ufcat) — Roselma Lucchese;
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Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) — Marcelo Pereira de Andrade.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e da Secretaria de Educação Superior (Sesu)