Notícias
DIÁLOGO
MEC debate educação com grupo de comunicadores
São Paulo (SP) - O governo federal debateu os desafios para levar educação de qualidade para todos os brasileiros durante encontro com produtores de conteúdo digital e estudantes da rede pública federal. O Ministro da Educação, Camilo Santana, e a primeira dama do Brasil, Janja Lula da Silva, receberam cerca de 50 convidados, em São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 10 de abril. O objetivo foi apresentar as ações do Ministério da Educação, da creche à educação superior, para mais pessoas, aproveitando os múltiplos públicos das redes sociais.
Janja tem ampla atuação junto a produtores de conteúdo digital, além de ser embaixadora do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), pelo qual o MEC repassa verbas para a merenda em todas as escolas públicas brasileiras. Durante o encontro, Janja parabenizou a equipe do Ministério da Educação por tudo que a Pasta já conseguiu realizar em pouco mais de um ano. “A gente conseguiu colocar muita coisa de pé. Fico emocionada ao ver as entregas, porque sei da importância da educação. E sei como é difícil chegar a essas conquistas”, afirmou.
O Ministro da Educação falou da expectativa pela construção de elos com os produtores de conteúdo para levar mais informação para a população e por meio desses perfis também receber um feedback da forma como a população brasileira está recebendo as novas políticas e programas do governo federal para a educação. “Acredito que as políticas públicas são uma construção. Logo, precisam sempre estar passando por mudanças, para correção de rumos. Toda política pública precisa ser feita em conexão com as pessoas. Quem sabe dos problemas é quem está na ponta. O gestor está muito distante da realidade”, defendeu Camilo Santana, que também destacou a importância da criação de uma grande rede de informação, do combate à desinformação para a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, que respeita as diferenças.
Balanço - Em um ano e três meses da atual gestão, o MEC fortaleceu políticas e programas que vão da creche à pós-graduação. O valor da alimetação escolar foi reajustado em 39% e o do transporte escolar, em 16%. Já o repasse para a compra de livro e material didático subiu 40%.
O Ministério envolveu todos os estados no compromisso de alfabetizar as crianças brasileiras na idade certa por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, no qual está investindo R$ 3 bilhões até 2026.
O MEC também está gerando, junto às redes de ensino, novas matrículas de tempo integral em todas as etapas da educação básica. Com o Programa Escola em Tempo Integral serão geradas 3,2 milhões de novas matrículas até 2026. “A Escola em Tempo Integral conecta as famílias porque é uma escola que vai muito além da questão curricular. Esse modelo olha para um projeto de vida dos jovens ao complementar o tempo na escola com outras atividades. Ela dá mais segurança aos pais que saem para trabalhar sabendo que os filhos têm tudo que precisam na escola”, defendeu o ministro.
Já por meio da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas o governo federal está investindo R$ 8,8 bilhões, até 2026, para conectar as escolas públicas do país.
O governo também está investindo em melhorias nas salas de aula pra incluir todos os estudantes. Por meio na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva estão sendo investidos R$ 3 bilhões.
Com o Pacto Nacional para Retomada de Obras da Educação Básica o MEC também está retomando 5.641 obras da educação que estavam paralisadas. A Pasta também vai entregar 2.500 novas cheches e pré-escolas, 1.250 escolas em tempo integral e 100 novos campi de institutos federais, graças ao Novo PAC, que também está permitindo a aquisição de 3 mil ônibus para o transporte escolar.
“A ideia do presidente Lula é levar o que a população precisa pra dentro da comunidade. A proposta de chegar a 1000 institutos federais faz parte dessa vontade de dar mais oportunidade para a juventude, com mais acesso à educação profissional e tecnológica”, defendeu Janja.
Para a primeira dama, quando se instala uma escola em um determinado território, é possível transformar aquela localidade. “Um adolescente não precisar deslocar grandes distâncias para estudar é um conforto para a mãe. Escolas, unidades de saúde, todos esses aparelhos, nos territórios, representam mais tranquilidade para as famílias. Todos os projetos que estamos pensando é para levar mais beneficios para perto das familia”, defendeu Janja.
O Pé-de-Meia fecha a estratégia para garantir uma escola de qualidade, mais atrativa, para os brasileiros. Os estudantes da rede pública já estão fazendo seu Pé-de-Meia, recebendo uma poupança que vai ajudar no presente e futuro. Quem concluir o ensino médio pode chegar a receber até R$ 9.200 por meio do programa de incentivo financeito para concusão da educação básica.
Os investimentos seguem na educação superior. O MEC entregou a recomposição do orçamento nas instituições federais de ensino e reajustou as bolsas de pesquisa. Além disso, lançou um novo ITA, em Fortaleza (CE), e uma nova Faculdade de Matemática, o Impa Tech, no Rio de Janeiro.
Também está sendo oferecida a mais 1,2 milhão de estudantes a possibilidade de renegociarem suas dívidas com o Fies. E o MEC lançou, ainda, o Fies Social, uma modalidade de financiamento voltada pra estudantes de baixa renda. A atualização da Lei de Cotas também incluiu quilombolas entre os beneficiários da reserva de vagas ofertadas pelo Sisu.
“Estamos olhando para a educação de forma sistêmica, da educação infantil à pós-graduação. São muitas conquistas até aqui, e também muitos desafios pela frente”, concluiu o Ministro Camilo Santana.
Convidados – As irmãs gêmeas Eduarda (Duda) e Helena Ferreira, do projeto Pretinhas Leitoras, abriram o encontro com a leitura de uma carta sobre o poder transformador da literatura. Com 15 anos, moradoras do Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ), elas são alunas da rede federal de ensino criaram, em 2015, a Iniciativa de Educomunicação Pretinhas Leitoras. Em 2018, lançaram o canal nas redes sociais para usar a literatura negra para impulsionar o debate da vida de crianças e adolescentes negros e periféricos, promovendo diálogos contínuos para um letramento racial crítico, que reivindica uma vida melhor.
Foi a reflexão das irmãs, o amparo da família e o amor pelo território que fez nascer a ideia de promover encontros com outras crianças e adultos para conversar sobre a realidade, denunciar a violência do entorno e proporcionar outras possibilidades de bem-viver. “Na literatura, encontramos o meio para toda a ação revolucionária, no exercício de leitura de narrativas negras reencontros com o eu, com o outro e com toda a nossa gente. Ler é um direito humano e enquanto sujeitos da nossa história resolvemos exercer e possibilitar acesso aos demais, pois a ausência de livros nas casas dos colegas é uma realidade”, compartilharam.
Alunos do Instituto Federal de São Paulo também participaram do encontro e pediram ao Ministro Camilo a ampliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para os Institutos Federais, proposta que o MEC se comprometeu a avaliar.
Assessoria de Comunicação Social do MEC