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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Governo federal lança pedra fundamental do Campus Sol Nascente
O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), lançou, nesta quinta-feira, 11 de abril, a pedra fundamental do Campus Sol Nascente do Instituto Federal de Brasília (IFB). A unidade integra o plano de expansão dos institutos federais pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O investimento previsto é de R$ 2,5 bilhões para construção de 100 novos campi pelo Brasil, com a meta de gerar 140 mil novas vagas de educação profissional. O evento ocorreu no local onde será construído o novo campus.
A cerimônia contou com a participarão do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana; da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, além de servidores da educação, estudantes, movimentos populares e comunidade.
O Ministro Camilo Santana considerou o lançamento da pedra fundamental do Campus Sol Nascente um momento de conquista para a região administrativa do Distrito Federal (DF). “Aqui, nós vamos ter um instituto federal que vai dar oportunidade para 1.400 jovens do Sol Nascente, que terão a oportunidade de fazer o ensino técnico integrado com o ensino médio, de cursar licenciatura. É enxergar o potencial que cada um aqui do Sol Nascente tem”, declarou.
O Ministro da Educação também recordou que, no governo Lula, o orçamento do MEC teve um aumento de 30%. “É isso que nos tem permitido cumprir com o compromisso que o Presidente Lula assumiu de melhorar a educação brasileira”, afirmou.
Em seu discurso, o Presidente Lula destacou a importância de uma escola técnica pelas oportunidades que ela oferece. “E tenho ainda uma obsessão pela educação profissional, porque é a formação profissional que faz as pessoas viverem melhor. Quando a gente tem uma profissão, a gente tem possiblidade de ter um bom emprego, de ganhar um salário melhor, de poder constituir família, de ter uma família vivendo em paz e viver dignamente como cidadãos civilizados, vivendo aquilo que todo mundo tem direito”, reforçou.
Os estudantes do IFB foram representados por Thaís Moreira, formada no curso técnico de Produção em Áudio e Vídeo. Segundo ela, a criação dos institutos federais dentro das periferias é muito importante para proporcionar aos moradores dessa região a democratização e a qualidade da educação, de modo que a juventude possa ter a oportunidade de acessar as universidades públicas, assim como o mercado de trabalho.
“Hoje, celebramos uma grande conquista para os moradores do Sol Nascente. Isso demonstra um grande avanço pela educação. E desejo que assim se mantenha não só apenas as estruturas [dos institutos federais], mas a valorização do plano de carreira dos nossos docentes, pois eles são a alma e o coração dessa instituição. Eu não teria chegado até o fim sem a ajuda dos auxílios estudantis e de toda a rede de apoio que me cerca. Eu gostaria que todos os estudantes futuros também tivessem essa oportunidade”, afirmou.
A localidade do Sol Nascente foi transformada em região administrativa em agosto de 2019, após ter sido desmembrada de Ceilândia. É considerada, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma das maiores comunidades urbanas do Brasil.
Expansão – Os novos campi de institutos federais atenderão regiões que ainda não possuem unidades ou que registram número baixo de matrículas em cursos técnicos de nível médio em relação à população da região.
No Distrito Federal, serão duas novas unidades: Sol Nascente e Sobradinho. Cada nova escola tem custo estimado de R$ 25 milhões, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. Quando estiverem concluídas, a expectativa é que as unidades gerem, cada uma, 1.400 vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio.
De acordo com a reitora do IFB, Veruska Machado, a construção do Campus Sol Nascente é fruto de um trabalho coletivo, em prol de uma educação de qualidade e de oportunidade de transformar vidas. “Todos os dias, como trabalhadora da educação, acompanho transformação de vidas. Essas vidas transformam os territórios em que elas estão inseridas e é isso que a gente pretende trazer, nesse momento, para o Sol Nascente. As pessoas transformadas transformam as suas vidas e das suas famílias”, disse.
O termo de cessão de uso do terreno em que vai ser construído o novo campus do IFB foi assinado pelo presidente da Terracap, Izídio Santos, e pela reitora Veruska Machado. A vice-governadora do DF, Celina Leão, afirmou que a iniciativa reafirma o compromisso do governo do Distrito Federal com a educação. “Nós acreditamos na educação, temos 18 unidades de educação profissional [do GDF] e agora serão 12 do governo federal”, pontuou.
Participantes – Também participaram da cerimônia o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Getúlio Marques Ferreira; o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli; o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass; a líder comunitária do Sol Nascente, Marly Quermes; além de parlamentares.
Investimento – O plano de expansão dos institutos federais marca a retomada de investimentos do governo federal nesta área, quase dez anos após a última expansão estruturada da Rede Federal. Também celebra uma das políticas educacionais mais bem-sucedidas no âmbito da educação, levando cursos técnicos e superiores gratuitos e de qualidade às localidades mais distantes dos grandes centros, tornando-se uma das redes mais capilarizadas na oferta de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.
Além da expansão, o Novo PAC também contempla R$ 1,4 bilhões para a consolidação de unidades dos Institutos Federais já existentes, com a construção de refeitórios estudantis, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
Histórico – Em 29 de dezembro de 2008, o então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.892, criando 38 Institutos Federais. Até 2002, o Brasil tinha 140 escolas técnicas. Nos governos Lula e Dilma, houve a maior expansão da história da Rede Federal, que é formada pelos institutos federais; pelos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets); pelas Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; pelo Colégio Pedro II e pela UTFPR. Foram criados 422 campi entre os anos de 2005 e 2016, sendo 214 entre 2005 e 2010, além de 208 entre 2011 e 2016. Nesse período, também foram entregues ou incorporadas à Rede outras 92 unidades. Atualmente, são 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, a Rede Federal passará a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de instituto federais.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Setec