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EDUCAÇÃO BÁSICA
MEC recebe Mostra Nacional de Feiras de Ciências
O Ministério da Educação (MEC) recebeu, nesta quinta-feira, 14 de setembro, a 4ª Mostra Nacional de Feiras de Ciências, realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC) em parceria com o Fórum Nacional de Coordenadores de Feiras e Mostras Científicas. Ao todo, 32 projetos de alunos da educação básica e de institutos federais, de 20 estados e 39 cidades diferentes, ficaram em exposição na sede do MEC, em Brasília (DF). Além de permitir a apresentação dos projetos desenvolvidos, a mostra busca a troca de experiências e a integração entre os participantes.
A secretária executiva do MEC, Izolda Cela; a secretária de Educação Básica, Kátia Schweickardt; e a coordenadora-geral de Educação Integral e Tempo Integral do MEC, Raquel Franzim, visitaram a exposição e conheceram de perto diversos projetos inovadores.
“Sou entusiasta das atividades de iniciação científica nas escolas, de promover e fortalecer esse vínculo das crianças e dos jovens, muitos aqui bem novinhos, mas já engajados com a investigação científica, com a busca de resolução de problemas reais. Isso torna a aprendizagem, o conhecimento e o estudo muito mais significativos”, destacou Izolda Cela. O MEC, em parceria com o MCTIC, tem linhas de fomento para essas práticas de iniciação científica. A ideia é chamar a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para fortalecer essas redes em todo o Brasil.
Para Kátia Schweickardt, a mostra vai na direção da política de educação integral do MEC. “Boa parte das iniciativas que se destacam nas escolas de todo o Brasil tem uma relação direta ou indireta com a perspectiva da educação integral, não necessariamente o tempo integral, mas uma educação que trabalha temas transversalmente, entre muitas disciplinas que tem a pegada do fazer científico”, defendeu.
Segundo a secretária, os projetos se destacaram ao revelar o talento e a potência dos alunos, inclusive indígenas e com alguma deficiência. “Eles já estão olhando para sua carreira no futuro. Então, essa iniciação científica na educação básica forma uma espécie de espírito científico e tem muito potencial para dar qualidade aos processos de aprendizagem e impulsionar o projeto de vida dos estudantes”, comentou.
Para a coordenadora-geral de Educação Integral e Tempo Integral do MEC, Raquel Franzim, as mostras e feiras de ciências são excelentes oportunidades para os estudantes terem aprendizagens significativas. “Pensamento científico, curiosidade, métodos de análise, trabalho em equipe e muita criatividade para resolver problemas das mais diversas ordens são algumas das aprendizagens que vemos nos trabalhos aqui expostos. Precisamos apoiar que mais escolas e estudantes tenham, por meio de projetos científicos, o direito assegurado a uma educação integral de qualidade”, destacou.
Um dos coordenadores da mostra, o professor Thiago Maduro, do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), informou que os projetos são selecionados pensando na qualidade técnica e na diversidade. “Nós temos projetos de alunos de 7 anos de idade, 12 anos, 18 anos, todos desenvolvidos durante o ensino fundamental ou ensino médio. Temos alunos autistas, indígenas e não tachamos as pessoas, olhamos suas qualidades e técnicas. Os projetos são em diversas áreas, literatura, artes, química, física, matemática e engenharia. Fazer ciências é tentar resolver um problema pelo uso do método científico e isso cabe em todas as áreas do conhecimento”, observou.
Projetos – Entre os projetos exibidos está o protótipo de óculos especiais para deficientes visuais, desenvolvido pelos alunos Jussara Bessa, Antônio Carlos Gomes e João Miguel Galvão, do Campus Limoeiro do Norte, do Instituto Federal do Ceará. “A proposta é ter um óculos de baixo custo e uma tecnologia que ajude o deficiente visual a detectar obstáculos à altura do seu rosto. Ele serve de complemento para bengala e cão-guia, pois esses ajudam a detectar obstáculos somente no chão”, contou Jussara Bessa, informando que a tecnologia utilizada custa cerca de R$ 20 mil e no projeto os óculos custam R$ 207.
Nayara Coriolano de Aquino, professora orientadora do projeto, ressaltou que o projeto conta com alunos de eletrotécnica e de química. “Para a formação dos nossos alunos, o projeto foi algo extremamente valioso. Eles apresentaram, escreveram e puderam desenvolver várias habilidades para além da sala de aula”, falou.
Na mostra, os alunos do Campus Suzano, do Instituto Federal de São Paulo, levaram o projeto do aplicativo para mulheres autistas, o Autie. O objetivo é dar autonomia e segurança para mulheres autistas suporte 1 e 2. O aplicativo conta com diversas abas, como SOS Crise para amenizar as crises que o autista pode passar, com quatro vídeos de apoio; SOS Segurança, para ajudar nos casos de relacionamentos abusivos; e Direitos dos Autistas para divulgar as leis brasileiras voltadas a esse público.
Mostra Nacional de Feiras de Ciências – A mostra é fomentada pelo MCTIC, por meio da Diretoria de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, com o objetivo de reunir, anualmente, projetos científicos desenvolvidos por estudantes da educação básica, sob orientação de seus professores. Os projetos são indicados pelos coordenadores de feiras e mostras científicas das escolas, que tiveram financiamento para a realização das feiras, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do MCTIC. Nesta edição, as apresentações ocorreram no MEC, MCTIC, Congresso Nacional e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os dias 12 e 14 de setembro.
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Assessoria de Comunicação Social do MEC