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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
MEC promove seminário Setembro Azul/Surdo pela equidade linguística
O Ministério da Educação (MEC) promove, entre os dias 26 e 28 de setembro, no Conselho Nacional de Educação, em Brasília (DF), o seminário “Setembro Azul/Surdo pela equidade linguística”. O objetivo é promover a valorização da língua, da identidade e da cultura surda, assim como discutir o fortalecimento dos programas e das ações que o MEC desenvolve para a educação bilíngue desse público.
A iniciativa é da Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs), da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).
Na abertura, nesta terça-feira, 26 de setembro, Dia Nacional do Surdo, o assessor do gabinete da Secadi, Cleber Santos Vieira, representou a secretária Zara Figueiredo. “O lema do governo é reconstruir o Brasil, e isso passa por reconstruir as pontes para diversidade, inclusão e para aumentar a participação social na definição, reformulação e correção dos rumos das políticas públicas”, ressaltou.
Segundo ele, a Secadi passou por um processo de reeducação que precisa alcançar todas as instituições com o propósito de atuar junto a indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e à comunidade surda no Brasil. “É educar no sentido de que o cotidiano precisa ser educado, as demandas precisam ser compreendidas, e os diálogos precisam ser os melhores possíveis para a construção de um plano estratégico, respeitando as diversidades”, falou.
Cleber Vieira ainda destacou a criação pelo MEC da Comissão Nacional de Educação Bilíngue de Surdos (CNEBS), que irá assessorar o Ministério na condução das políticas, inclusive da Política Nacional da Educação Bilíngue de Surdos e da educação bilíngue de surdos como modalidade de ensino.
Já o diretor de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos, Falk Soares Ramos Moreira, afirmou que o mês de setembro é o mês da representatividade e visibilidade para a comunidade surda. “Esse mês traz a memória daquilo que o Instituto Nacional de Educação de Surdos construiu disseminando a Libras por todo o Brasil. É também a manifestação de toda a luta surda pelo direito linguístico e pela política linguística, para melhorar a qualidade de vida dos surdos no Brasil”, destacou.
Falk Moreira também disse que o Setembro Azul visa a valorizar a diversidade e mostra a dramática história da comunidade surda em busca dos seus direitos linguísticos. “É de extrema relevância que toda a comunidade surda continue lutando pelos seus direitos para estabelecer a conquista de normativos legais e de instrumentos jurídicos que possam garantir essa luta”, observou.
A representante do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Luciane Cruz Silveira, professora do Departamento de Ensino Superior da entidade, informou que existem atualmente 64 escolas em todo o País voltadas para educação de surdos na modalidade bilíngue — em Libras e português.
Para ela, o seminário visibiliza as demandas da sociedade surda na educação, e a representatividade no Ministério da Educação demonstra o compromisso em dar andamento à educação de qualidade para surdos. “Esse é um evento extremamente importante. É um momento de ocupar um espaço da comunidade surda, debater políticas linguísticas, apresentar toda essa história do movimento, da luta, das conquistas e o processo de educação bilíngue”, enfatizou.
Evento — O evento começa no dia 26 de setembro, quando se comemora o Dia Nacional do Surdo. A data coincide com o dia de fundação da primeira escola de surdos no Brasil, em 1857, o atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
As discussões têm como público-alvo familiares, professores, profissionais, pesquisadores, comunidades, movimentos sociais, conselhos, secretarias da educação e demais pessoas interessadas na temática.
Veja a programação completa.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi