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EDUCAÇÃO MIDIÁTICA
Governo federal promove Semana Brasileira de Educação Midiática
Estimular a educação midiática é fundamental em um mundo hiperconectado e cada vez mais impactado pelos avanços das fake news, que confundem a população e são capazes de influenciar, muitas vezes, os discursos de ódio. Nesse sentido, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), realizou, nesta quinta-feira, 28 de setembro (data que marca o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação), um webinário para o pré-lançamento da Semana Brasileira de Educação Midiática.
Inédita, a Semana ocorrerá entre os dias 23 e 27 de outubro. Ela será promovida pelo MEC em parceria com a Secom e tem o apoio de organizações da sociedade civil que atuam na temática, como o Instituto Vero, o Instituto Palavra Aberta, a Safernet Brasil, o Redes Cordiais e a Intervozes.
Além disso, ela será o capítulo brasileiro na agenda global da Unesco sobre Alfabetização Midiática e Informacional (MIL Week 2023), fortalecendo a conexão entre o Brasil e esse debate internacional. O evento global acontece anualmente desde 2011 e promove iniciativas de educação midiática. Este ano, ele busca mobilizar os países em torno do tema “Alfabetização Midiática e Informacional em Espaços Digitais: uma agenda global coletiva”.
“Nosso desafio é construir uma educação midiática que seja viva, que seja pulsante, conectada com a realidade das pessoas e que ofereça para as crianças, adolescentes e adultos as ferramentas que são necessárias para transitar na complexidade desse mundo digital de hoje”, afirmou Victor Pimenta, diretor do Departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática da Secom e um dos participantes do webinário.
Ele destacou que o evento faz parte de uma agenda ampla, que é prioritária no governo federal e que engloba a adoção de todas as medidas possíveis para que o Estado brasileiro seja capaz de oferecer uma educação pública de qualidade para todas e todos.
“O Ministério da Educação é o grande responsável por essa missão. Aqui na Presidência, e mais especificamente na Secretaria de Comunicação Social, nós temos a responsabilidade de contribuir com um pedaço, que é pequeno, quando consideramos toda a abrangência da educação e dos seus desafios, mas que, ao mesmo tempo, é absolutamente fundamental e estruturante, e por isso se torna um pedaço gigantesco em importância, que é a educação para as mídias”, continuou Victor Pimenta.
Escolas Conectadas — Ana Dal Fabbro, coordenadora-geral de Tecnologia e Inovação do MEC, elogiou a parceria da pasta com a Secom e ressaltou que a iniciativa reforça projetos que hoje são fundamentais para a pasta. “Essa parceria do MEC com a Secom vem em uma hora muito certeira. Foi um grande encontro de demandas que a gente já tinha aqui no Ministério”, comemorou.
Ela relembrou o lançamento, nesta semana, da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, destacando como a iniciativa está interligada à proposta da educação midiática. “A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas é a nossa principal frente de atuação dentro do Ministério em relação à integração da tecnologia dentro da escola, de uma forma que venha a potencializar o aprendizado. Ela também traz esse esforço do Ministério de olhar para essa camada da cidadania digital e garantir que, nas nossas escolas, nós vamos formar esses cidadãos digitais do futuro, que sejam sempre muito críticos e não só consumidores de informação, mas também produtores éticos e protagonistas dentro desse mundo digital”, declarou Dal Fabbro.
Para ela, a educação midiática é um tema urgente a ser discutido. “Esse olhar para a educação midiática tem que começar desde cedo, desde os primeiros anos do ensino fundamental, assim como a discussão sobre o desenvolvimento de cidadãos críticos e digitais”, destacou Ana, que acredita que a questão se conecta, também, com o ensino em tempo integral. “A educação midiática faz parte desse desenvolvimento integral dos indivíduos. É por isso que isso está tão conectado com todas as áreas que estão tratando da discussão da ampliação do tempo integral nas escolas”, considerou.
Adauto Soares, coordenador de Comunicação da Unesco Brasil, também participou do webinário e elogiou a iniciativa. “Para nós, é uma satisfação muito grande ver que enfim o Brasil acordou para essa questão. É um tema com que a gente tem trabalhado há uma década, mas é um tema ainda pouco conhecido”, pontuou.
O webinário teve como moderadora Mariana Filizola, coordenadora-geral de Educação Midiática da SPDIGI da Secom. “A gente está vivendo em um contexto em que o digital faz mais parte das nossas vidas e a educação precisa ser cada vez mais parte disso. Falar de educação pela democracia, hoje, é falar sobre educação midiática, olhar crítico, engajado e responsável para o mundo digital”, afirmou.
Site especial — Durante o webinário, foi lançado o site especial da Semana Brasileira de Educação Midiática. A página eletrônica conta com uma curadoria de conteúdos das organizações parceiras do evento, disponibiliza materiais que abrangem planos de aula, toolkits e guias, entre outros de uso gratuito sobre as temáticas ligadas à educação crítica para a mídia, incluindo segurança nas redes e cidadania digital.
Escolas, organizações não governamentais, coletivos, centros acadêmicos, ativistas e educomunicadores, bem como outras pessoas e organizações interessadas de todo o País, podem participar diretamente da Semana, cadastrando atividades das mais diversas modalidades no formulário de inscrição. Essas atividades farão parte de uma agenda nacional capilarizada com o objetivo de levar a educação midiática a todos os pontos do Brasil e aos mais diversos públicos.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB e Secom-PR