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EDUCAÇÃO BÁSICA
Camilo Santana comenta planos para a educação
O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, participou do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) nesta terça-feira, 19 de setembro, em São Paulo (SP). Com o tema “Que sociedade queremos? O jornalismo de educação no debate nacional”, o congresso colocou em debate a educação antirracista, a cobertura de ataques violentos contra escolas, o papel da educação na transformação da sociedade e as relações entre o jornalismo e a educação.
Durante sua participação, Camilo Santana teve a oportunidade de falar como quer contribuir para o avanço do Brasil. “É por meio da ciência, da tecnologia e da inovação que um país é soberano. É essa contribuição que eu quero dar para que jovens da periferia, pobres, tenham oportunidade na vida, e eles só terão através da educação”, defendeu.
Camilo Santana foi entrevistado pelos jornalistas Renata Cafardo, presidente da Jeduca e repórter especial do Estadão; Paulo Saldaña, repórter da Folha de São Paulo; Sara Rebeca Aguiar, colunista do jornal O Povo; e Ariel Bentes, jornalista freelancer de Manaus. Em sua fala, o Ministro reforçou a importância da imprensa. “O papel dos jornalistas é fundamental para consolidação e garantia da redução da desigualdade desse país. A minha vinda aqui é uma demonstração de respeito. Vocês têm um papel fundamental para a construção da melhoria da educação desse país”, afirmou Camilo Santana.
As ações já desenvolvidas pelo Ministério da Educação nos primeiros meses de governo foram um dos temas discutidos, caso do reajuste em até 39% nos repasses do Programa de Alimentação Escolar (Pnae), do transporte escolar e nos valores repassados a estudantes indígenas e quilombolas por meio da Bolsa Permanência. “Todos os desenhos das nossas políticas incluem ações de inclusão, de redução da desigualdade e de antirracismo. Isso tem sido articulado com os Ministério da Desigualdade Racial, dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos”, contou.
Parfor Equidade – Camilo Santana informou que está previsto para esta quinta-feira, 21 de setembro, o lançamento do edital do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). O objetivo é formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos para atendimento das redes públicas e comunitárias que ofertam educação escolar indígena, quilombola e do campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos. Ao falar sobre equidade, destacou a diferente realidade das regiões brasileiras, no que diz respeito à educação, e a importância de lutar por mais equidade, ao mesmo tempo em que se respeita as singularidades. “Temos focado nosso olhar nos públicos que precisam ser incluídos nas políticas educacionais desse país”, disse.
Alfabetização – Outro tema abordado pelos jornalistas foi o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que busca garantir que todas as crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental. Segundo Camilo, a nova política de alfabetização, agregada ao Programa Escola em Tempo Integral, também lançado em sua gestão, e a uma nova política de conectividade, vai tornar a escola mais atrativa e garantir que as crianças e jovens não abandonem os estudos.
“Para mim, é um dos programas mais importantes do governo Lula, porque vai garantir que o país possa dar oportunidade para as nossas crianças serem alfabetizadas. Juntas, essas políticas vão ajudar para que nenhum aluno fique fora da escola”, defendeu, ao mesmo tempo em que ressaltou que na educação os resultados não são imediatos e precisam de continuidade.
Auxílio – O Ministro da Educação também adiantou que deve enviar ao Congresso Nacional, nos próximos meses, um Projeto de Lei (PL) que cria uma bolsa-poupança para alunos do ensino médio da rede pública do Brasil. Será mais uma iniciativa do governo federal para estimular estudantes a continuarem com seus estudos, além de impedir a evasão escolar, que acontece com mais frequência nessa etapa de ensino. “Será uma forma de auxílio para ajudar na permanência desse jovem na escola. A ideia é que possamos garantir que tenha uma escola mais atrativa, mais acolhedora e que a gente não perca nenhum aluno ao longo da educação básica. Então, essa bolsa será um mecanismo de estímulo à permanência do jovem na escola”, afirmou.
Escolas protegidas – As ações do governo no combate à violência nas escolas também foram abordadas, como a liberação de recursos financeiros para que os estados e municípios pudessem tomar as medidas de segurança. “Desbloqueamos recursos para serem utilizados em ações que pudessem ajudar na infraestrutura escolar, capacitação, treinamento e orientação dessas escolas. Também promovemos um seminário internacional para discutir essa questão da violência, que não é um problema só no Brasil, mas em vários países do mundo inteiro”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social do MEC