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MEC oficializa parceria com ABPN no Projeto Afrocientista
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC) anunciou, durante o 1º Encontro Nacional Afrocientista, em Brasília (DF), que o MEC participará do Projeto Afrocientista, investindo R$ 450 mil para capilarizar ainda mais as ações e levá-lo a todos os estados brasileiros. O evento ocorreu nos dias 27 e 28 de outubro, na Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília (UnB).
Na ocasião, a secretária da Secadi, Zara Figueiredo, contou sobre a importância da escola na transformação da sua vida e na da juventude negra. Também destacou o quanto o Projeto é relevante para o País. “As políticas universalistas não dão conta de lidar com os grandes desafios da educação. Portanto, na minha análise, esse projeto é um princípio de ação afirmativa na educação básica”, afirmou.
Além da secretária, o assessor da Secadi, Cléber Vieira, também marcou presença. Ele é ex-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), que promoveu o Encontro em parceria com o Consórcio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Conneabs) e o Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e de Gênero (Gepherg/UnB). O evento teve o apoio do Instituto Unibanco, da FE/UnB e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB).
A presidente da ABPN, Iraneide Soares, comemorou o anúncio feito pela secretária Zara Figueiredo e afirmou que essa parceria é primordial para o Projeto continuar alcançando a juventude negra brasileira. “Com o apoio do MEC, o Projeto Afrocientista poderá ocupar todo o território nacional, fomentando a ciência negra e promovendo rupturas epistemológicas no currículo oficial, desde a educação básica”, observou.
O Projeto Afrocientista está na sua 4ª Edição e, desde 2019, proporciona a jovens da educação básica a oportunidade de construírem repertório político, científico e tecnológico, pautado na educação antirracista. Além disso, a iniciativa desenvolve habilidades e valores condizentes com uma sociedade democrática e equânime, no que diz respeito à construção de futuros cientistas negros nas diversas áreas do conhecimento.
Essa edição contou com a participação de 150 pessoas de todas as regiões do Brasil, inclusive estudantes, docentes, parceiros e voluntários do Projeto. Elas discutiram temas da educação, do mercado de trabalho, da carreira científica e do racismo, atravessando questões como identidade, autoestima, currículo e representatividade.
O material vai compor uma websérie (que ficará disponível no canal do Youtube da ABPN e do Projeto) produzida pela BemTV — organização sem fins lucrativos que trabalha, desde 1992, com mídia e educação junto a jovens em territórios populares.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da ABPN