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EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA
IFPE oferece pós em Educação Intercultural Indígena-Quilombola
O Campus Garanhuns, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), está oferecendo um curso de pós-graduação lato sensu em Educação Intercultural Indígena-Quilombola Antirracista. A Diretoria de Políticas de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola — da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) — teve a oportunidade de participar da aula inaugural da especialização, em 30 de setembro. Ela foi realizada na Escola Doralice Rodrigues da Silva, localizada na Comunidade Quilombola do Angico, em Bom Conselho (PE).
A aula contou com a presença de representantes do poder público local, estadual e federal. Um deles foi Eduardo Araújo, coordenador-geral de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola do Ministério da Educação (MEC). Ele destacou a importância do curso de especialização para a Política Nacional no âmbito da Educação Escolar Quilombola. Na ocasião, ressaltou também as ações da Secadi em execução em 2023, assim como adiantou planos para 2024.
“O curso de especialização é um marco para os povos indígenas e as comunidades quilombolas do estado de Pernambuco. Acreditamos que esse tipo de formação, em nível de especialização lato sensu, como ofertado pelo IFPE (Campus Garanhuns), pode ser replicado em diversas partes do Brasil, com outros formatos e considerando a realidade local. Só o fato de unir cursistas de diversas áreas do saber, com foco naqueles que são e atuam em territórios indígenas e quilombolas, permitirá que se aproximem de realidades locais das escolas e de projetos de extensão e pesquisa em escala estadual e nacional”, defendeu Eduardo.
Para o coordenador-geral, a especialização, além de servir de modelo para outras iniciativas, poderá gerar materiais didáticos, seminários e outros produtos que auxiliem na dinâmica sociocultural e econômica da região. Ela também irá estimular os gestores e professores das instituições de ensino para a construção de uma plataforma com programas de pós-graduação, licenciaturas e cursos de aperfeiçoamento em formação continuada.
Inspiração – O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) também oferta um curso de pós-graduação na área, intitulado Interculturalidade e Decolonialidade no âmbito da Educação Escolar Indígena e Quilombola. Lançado em 2014, a especialização já está em sua terceira turma. O curso do IFSertãoPE, inclusive, forneceu os documentos-base para a criação da especialização do IFPE. Nesse curso, o objetivo é formar profissionais de educação especializadas nas expressões da interculturalidade e decolonialidade no âmbito da Educação Escolar Indígena e Quilombola, contribuindo com a ampla diversidade étnico-cultural e racial.
Participantes – A aula inaugural contou, ainda, com a presença do reitor do IFPE, José Carlos de Sá; da suplente do senador Humberto Costa, Marcia do Angico; da coordenadora de pós-graduação do IFPE, Magadã Marinho Rocha de Lira; da secretária de Educação, Cultura, Esporte, Lazer, Juventude e Turismo, Maria do Socorro de Alencar; do coordenador estadual de Articulação das Comunidades Quilombolas e da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), José Carlos Lopes; e do coordenador do curso de especialização, Ciro Linhares.
Curso – A especialização em Educação Intercultural Indígena-Quilombola Antirracista é oferecida gratuitamente pelo Campus Garanhuns do IFPE. Ela tem duração de 18 meses e carga horária de 450 horas, presenciais, que incluem cumprimento de componentes curriculares obrigatórios e elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O público-alvo são profissionais educacionais com formação superior em qualquer área do conhecimento que, preferencialmente, atuam na educação indígena-quilombola e/ou servidores do IFPE. O curso conta com 33 estudantes matriculados, sendo sete quilombolas, cinco indígenas, dois professores atuantes em escolas quilombolas e 19 provenientes do público geral.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec)