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DIA DA MULHER
Mulheres são maioria nos hospitais universitários
Um l evantamento recente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares ( Ebserh ) , estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que administra 41 hospitais universitários federais , mostra a predominância feminina n o setor. Em um universo de 60 mil colaboradores empregados e servidores das universidades federais que atuam nos hospitais , s ete entre dez profissionais da Rede são mulheres.
E las constroem uma rica trajetória em cada um dos hospitais que atuam nos mais diferentes pontos do Brasil. E são capazes de transforma r a vida das instituições e dos pacientes, acompanhantes, colaboradores, estudantes , docentes, residentes, preceptores e, principalmente, delas mesmas.
Com o propósito de “ Educar para Transformar o Cuidar ” , os hospitais vinculados à R ede Ebserh oferecem assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que são campo de formação profissional. Nesse contexto, não importa a categoria profissional, a idade, a raça, o tempo na instituição ou a região em que atua m , as mulheres têm deixado sua marca das mais diferentes formas.
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, elas deixaram alguns depoimentos:
“Meu trabalho não é só ser vigilante, nós ajudamos como podemos, trabalhamos em equipe. Um dia uma criança veio para a consulta na data errada. Enquanto o pai ficou com ela no oxigênio, a mãe foi remarcar , m as o oxigênio dela acabou. O que a gente fez? O porteiro correu atrás da mãe e eu atrás de um maqueiro para conseguir o oxigênio. Tivemos que ser muito rápidos. Eu não sou médica, mas consegui ajudar uma vida. Eu sei que fiz o bem e dei o meu melhor. Nada mais recompensador que um sorriso da família”, aponta.
Agrinalva Santos, vigilante do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/ Ebserh ), em Goiânia (GO)
“Sou g raduada em Letras e passei por uma experiência enriquecedora quando prati quei espanhol durante a internação de uma venezuelana. O médico foi passando as informações e eu fui traduzindo. Percebia nos olhinhos dela que quando ele falava, [ ela ] ficava meio confusa. Foi muito bom saber que após minha ajuda, ela estava conseguindo entender e isso passou uma tranquilidade maior. Ajudar alguém a entender toda a vivência dela na sua língua materna foi totalmente novo para mim. Foi muito significativo”, explica.
Luciana Morais, assistente administrativa do Hospital de Doenças Tropicais (HDT-UFT/
Ebserh
), em Araguaína (TO)
“O prontuário afetivo me mostrou que conhecendo um pouco da história de vida de cada pessoa, não só a patologia ou só o número de prontuário, faz com que possamos saber que aquelas pessoas têm desejos, têm sonhos. Um dia, por meio da aplicação dele
[prontuário]
, pudemos perceber que a maioria das pessoas internadas queriam comer pizza. Então
,
preparamos uma tarde de pizza
[com acompanhamento nutricional]
e música
. Foi muito gratificante ver o relato desses pacientes, algo que parecia impossível, conseguimos tornar possível” descreve.
Daniele Moura, terapeuta ocupacional da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB-UFPA/ Ebserh ), no Pará (PA)
“ Hoje, além das ações assistenciais, [ o hospital] é cenário de prática para alunos da graduação e pós-graduação, além de desenvolver pesquisas sobre o aleitamento materno no âmbito da saúde pública. Ao longo des t e percurso, encontramos vários desafios e dificuldades, mas também momentos de superação e vitórias, que fizeram valer a pena todo o esforço. Me sinto honrada em fazer parte dessa história”, agradece .
Feliciana Pinheiro, pediatra, professora, pesquisadora e idealizadora do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/ Ebserh ), em São Luís (MA)
“Nosso trabalho administrativo também muda a trajetória de uma vida. Na maioria das vezes, não conhecemos a história da pessoa que fará uso de cada material ou medicamento adquirido, mas ele faz parte de todo o processo assistencial”, relata. Esse aprendizado aconteceu durante uma experiência na qual o HUJM-UFMT teve que adquirir um produto para uma paciente de 5 anos , portadora de Mucopolissacaridose tipo 1 . “ Não conhecemos a criança, mas tenho certeza de que todos os envolvidos foram instrumentos para abençoá-la”, completa.
Thábila Proença, administradora do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM/ Ebserh ), em Cuiabá (MT)
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Ebserh