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INTERNACIONAL
MEC participa do Projeto Internacional da UNESCO sobre Holocausto
Foto: Divulgação/Assessoria Internacional/MEC
O Holocausto – perseguição e assassinato de 6 milhões de judeus pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial – é considerado o maior genocídio do século XX. Mesmo após sete décadas, a discussão sobre violência e extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso ainda se faz presente.
Pensando em ampliar o conhecimento sobre a importância desse momento histórico e prevenir eventuais episódios brutais por meio da educação e cidadania, o Projeto Internacional Educacional sobre Holocausto e Genocídio (IPHGE), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), convidou 11 países para fomentar projetos nos respectivos países sobre o tema. A equipe do Brasil realizará um projeto-piloto na cidade de São Paulo, com ações conscientizadoras sobre o tema, com início previsto para este ano nas escolas municipais do estado.
Essa equipe, coordenada pela UNESCO Brasil, é composta por servidores do município de São Paulo da área internacional, da educação e dos direitos humanos, por representantes dos museus do Holocausto de São Paulo e de Curitiba, e, nacionalmente, por representantes do Ministério de Educação (MEC).
O time brasileiro desenvolverá o projeto ao longo de 2023, até abril de 2024, com recursos da UNESCO. Posteriormente, sob responsabilidade do MEC, com apoio da UNESCO, planejará um projeto similar que para ser disseminado em outras redes educacionais do país, com enfoque no debate sobre as diversas formas de discriminação presentes no cotidiano, visando fomentar a cultura da paz no sistema educacional.
Missão internacional – o IPHGE foi criado em 2015 pela UNESCO, com apoio do governo do Canadá e do Museu Nacional do Holocausto dos Estados Unidos (USHMM). Ao longo deste tempo, os países são convidados a desenvolver projetos educacionais sobre o Holocausto. Dentro desse contexto, o Programa organiza workshops e treina as equipes internacionais. Neste ano, 11 países participaram do workshop de capacitação, que ocorreu, durante o período de 12 a 18 de fevereiro de 2023, em Washington. O MEC representou o Brasil.
Participaram do curso de capacitação, 37 representantes da área educacional de 11 países (Brasil, Camboja, Colômbia, Equador, Grécia, Índia, Marrocos, Nigéria, Ruanda, Sérvia e Emirados Árabes Unidos). O objetivo foi unir esforços globais para prevenir novos eventos de violência e genocídio, visando fortalecer a educação a fim de aumentar o conhecimento sobre o Holocausto.
O trabalho culminou no desenvolvimento de soluções práticas para prevenir a violência e o genocídio por meio da educação. A equipe de cada país se comprometeu a implementar esses projetos com um forte foco nas necessidades nacionais específicas.
Segundo a representante do MEC na missão, a chefe da Assessoria Internacional, Roseli Teixeira Alves, o sistema educacional deve ser acionado para que currículos, professores, estudantes, gestores e ações sejam pautados no multiculturalismo, no respeito mútuo, na qualidade e na equidade para todos.
IPHGE – desde a sua criação, em 2015, o Programa Internacional de Educação sobre o Holocausto e o Genocídio tem sido o principal projeto da UNESCO para promover a educação a respeito desse tema. As edições anteriores deram origem a iniciativas educacionais em 16 países, que atingiram coletivamente mais de 4.600 estudantes e educadores.
Os resultados mostram que a compreensão da interação entre a história do Holocausto e o passado violento de um país, bem como dos sinais de alerta de genocídio, pode ser benéfica tanto para a transformação quanto para a prevenção de conflitos.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional