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AGENDA MINISTERIAL
Camilo Santana e Lula vistoriam obras do Museu Nacional
Em agenda no Rio de Janeiro, o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para visitar as obras de reconstrução do Museu Nacional do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 23. A comitiva presidencial, que incluía outros ministros, foi recebida pela comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição mantenedora do Museu Nacional.
Atingido por um incêndio de grandes proporções, em 2018, quando completava 200 anos de fundação, o Museu Nacional teve a fachada do imponente edifício e 85% do acervo de 20 milhões de itens destruídos pelo fogo. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o museu guardava o maior acervo de história de ciência natural da América Latina e funcionava como uma importante instituição de pesquisa científica, trabalho este que segue ativo com acadêmicos produzindo e divulgando conhecimento.
Durante a visita, o ministro Camilo Santana falou a respeito da importância da visita do presidente Lula às obras do museu. “A presença do Presidente da República, hoje, é exatamente para demonstrar o compromisso deste governo com a história deste país, com a ciência e com a cultura”.
Camilo também citou as parcerias que o Ministério da Educação (MEC) tem buscado para financiar a reconstrução do patrimônio e garantiu que as obras do Museu Nacional do Rio de Janeiro serão concluídas até o final da atual gestão. “A ideia é que o presidente possa entregar essa obra à população ainda no seu mandato, já com visitação”, finalizou.
O presidente Lula conversou com os trabalhadores que atuam na reconstrução do Museu Nacional. Sentado na escadaria do prédio, fez perguntas sobre o dia a dia da obra e lamentou a destruição. "Um patrimônio que infelizmente se tornou mais um símbolo do descaso com a cultura e história no nosso país nos últimos anos”, afirmou.
Reconstrução – o trabalho de reconstrução está sendo realizado em etapas. O orçamento total para recuperação é estimado em R$ 450 milhões. Deste total, R$ 180 milhões ainda precisam ser captados. Segundo o ministro Camilo Santana, a intenção do governo, sob orientação do presidente Lula, é envolver outros parceiros estatais e privados, a fim de garantir os recursos no menor prazo possível e finalizar as obras para visitação pública até abril de 2026. A cobertura e a fachada do Bloco 1 já estão em fase de conclusão e serão entregues em abril deste ano. O cronograma original previa a conclusão em 2028.
"Nossa intenção aqui é demonstrar o compromisso do Governo Federal com a história, a ciência e a cultura. Estamos conversando com instituições que possam complementar esses recursos", afirmou Camilo Santana.
O acidente comoveu o Brasil e o mundo e mobilizou a criação do Projeto Museu Nacional Vive, no qual instituições brasileiras e internacionais estão empenhadas para a reconstrução. O projeto é resultado de uma cooperação técnica firmada entre a UFRJ, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Instituto Cultural Vale, com recursos do BNDES e de instituições privadas, além de apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do MEC e do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Agenda do dia – pela manhã, Camilo Santana se reuniu com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, acompanhado pela equipe do banco e pela equipe do MEC. O objetivo do MEC é buscar um entendimento para viabilizar os projetos necessários à reconstrução da educação. Camilo Santana estava acompanhado de Fernanda Pacobayba, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC, e das secretárias de Educação Superior Regulação e Supervisão de Educação Superior, Denise Carvalho e Helena Sampaio, respectivamente.
Monitoramento – esta é a segunda visita de Camilo Santana às obras de reconstrução do Museu Nacional. Em 6 de março, o ministro visitou duas frentes de atuação do Projeto Museu Nacional Vive: a construção do Campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional e a obra de restauração do Paço de São Cristóvão, sede da instituição bicentenária.
“Estamos diante da mais antiga instituição de pesquisa e ensino no campo das ciências naturais e antropológicas do Brasil. Nós precisamos devolver esse patrimônio o mais rápido possível ao povo brasileiro. Vamos nos empenhar para resgatar tudo o que ele representa para a nossa história e para a pesquisa nacional”, afirmou Camilo Santana, durante a visita de março.