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MEC recebe a vencedora do Nobel da Paz, Malala
A vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, e os integrantes da Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil estiveram no Ministério da Educação (MEC) na quinta-feira, 25 de maio. Durante o encontro, o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, defendeu a implementação de políticas públicas voltadas para uma educação equitativa e de qualidade, principalmente, para as meninas, que é a bandeira levantada pela Rede Malala. Também estavam presentes a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; representantes de outros órgãos do Governo Federal e participantes de projetos da Rede Malala.
A ativista iniciou o discurso apresentando o Fundo Malala. Segundo ela, a organização foi criada em 2013 com o objetivo de defender o direito de mais de 130 milhões de meninas ao redor do mundo por uma educação gratuita, segura e de qualidade. O Fundo Malala surgiu depois da paquistanesa ter sido alvo de um ataque do grupo Talibã quando voltava da escola.
A partir daí, o Fundo Malala iniciou a Rede de Ativistas pela Educação que, no Brasil, foi fundada em 2018 e reúne 11 ativistas e organizações da sociedade civil, em diversas regiões do país. O foco da Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil (Rede Malala) é garantir, principalmente, o direito à educação de meninas negras, indígenas e quilombolas de comunidades rurais e áreas urbanas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
"Apoiamos 11 ativistas educacionais que abordam questões de gênero, raça e desigualdade social, fatores que afastam as meninas das escolas. E estamos dando foco a meninas de comunidades negras, indígenas e quilombolas, garantindo que as mais marginalizadas tenham acesso a uma educação completa e de qualidade", reforçou.
O Fundo Malala apoia o desenvolvimento profissional e dá visibilidade ao trabalho de mais de 80 ativistas e educadores de dez países: Afeganistão, Bangladesh, Brasil, Etiópia, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão, Tanzânia e Turquia, que trabalham local, nacional e globalmente em defesa da educação para meninas.
"Precisamos garantir a inclusão de meninas e ativistas educacionais na formulação de políticas e nas conversas mais amplas. Queremos ter certeza de que trabalhamos em colaboração com o governo, mas também com a sociedade civil, para que possamos promover, juntos, uma mudança para um futuro mais brilhante para as meninas", destacou.
Ações implementadas – o ministro Camilo Santana apresentou as ações que vêm sendo construídas a fim de garantir uma educação equitativa e de qualidade para todos e todas, como o reajuste da alimentação escolar, a recomposição orçamentária das instituições federais, a implementação do Programa Escola em Tempo Integral e a efetivação do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica.
"A gente tem procurado construir as ações deste governo de forma intersetorial, envolvendo os ministérios, até porque a educação perpassa por vários ministérios deste governo, pelo Ministério da Saúde, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, dos Povos Indígenas, do Esporte, da Cultura. Como várias das meninas disseram, a educação não é só a sala de aula. Portanto, é garantir cidadania, oportunidade e esperança para essa juventude e para nossas crianças do Brasil".
Políticas equitativas – Camilo Santana destacou a recriação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e defendeu a garantia do direito à educação de todos os povos. "Vamos trabalhar muito para garantir uma qualidade da educação, principalmente quando escuto as meninas falando da esperança de ter uma escola de qualidade".
O ministro da Educação agradeceu pela presença de Malala. "Você que inspira gerações pela sua história, pela sua luta, principalmente, porque somos de uma geração que acredita que o grande caminho pra construir um país, uma sociedade melhor, mais igualitária, mais justa, não tem outro caminho, a não ser através da educação de qualidade e garantir educação para todo o povo".
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Rede Malala