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COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Acordo cria a Cátedra Chico Mendes, para Ciências Ambientais
A Capes, autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e a Universidade de Birmingham, na Inglaterra, assinaram nesta quinta-feira, 25 de maio, em reunião na sede da Fundação, em Brasília, acordo de cooperação nas áreas de ciências ambientais, mudanças climáticas, ecossistemas, sustentabilidade, sociedades e meio ambiente. A parceria firmada cria o Programa de Cátedra Chico Mendes, uma homenagem ao histórico líder seringueiro, ambientalista e ativista brasileiro (1944-1988).
Recentemente, a Universidade de Birmingham firmou um protocolo de intenções com o Ministério da Educação (MEC) que estabelece o compromisso comum de colaborar mais estreitamente através da criação de um Instituto do Brasil na Universidade. A Cátedra Chico Mendes contribuirá para consolidar o documento.
Serão cinco anos de trabalhos conjuntos. A previsão é de um edital por ano, em um investimento de R$3,3 milhões pela Capes. Cada seleção englobará uma bolsa de cátedra para um pesquisador de comprovada experiência na área e detentor de título de doutor há pelo menos 15 anos. O cientista poderá indicar um bolsista de pós-doutorado e um de doutorado-sanduíche. Os benefícios durarão de seis a 12 meses.
Mercedes Bustamante, presidente da Capes, afirma que o acordo está em sintonia com uma demanda global e vem carregado de simbolismo. “A pós-graduação e a ciência precisam ser meios de produção de conhecimento para solucionarmos questões locais, regionais, nacionais e até globais, como é o caso desse edital”, afirma. “E o fato de ter o nome de Chico Mendes engrandece essa parceria, por associar a conservação ambiental à justiça social”, continua. Rob Mackenzie, diretor do Instituto de Pesquisas sobre Florestas da Universidade de Birmingham, disse que a instituição tem uma “forte atuação no Brasil” e procura sempre firmar parcerias.
A Capes ficará responsável por elaborar os editais, promover o processo seletivo dos bolsistas e arcar com os custos durante a estadia dos pesquisadores na Inglaterra — bolsa, seguro-saúde, instalação, deslocamento e adicional por ser cidade de alto custo. As mensalidades das bolsas serão £3,5 mil (cátedra), £1,7 mil (pós-doutorado) e £1,3 mil (doutorado-sanduíche).
Rui Oppermann, diretor de Relações Internacionais da Fundação, disse que a Inglaterra é um dos “parceiros históricos” do Brasil no campo da ciência e da pós-graduação e pontuou que as relações do Sul global devem englobar cooperações triangulares com países do Hemisfério Norte. Robin Mason, pró-reitor de Internacionalização da Universidade de Birmingham, disse apoiar essa estratégia e acrescentou: “Temos 20 estudantes da Universidade de Birmingham no Brasil. Queremos mais”.
As inscrições para os semestres de verão, com início das atividades em março, se darão entre julho e agosto de cada ano. Para os de inverno, que começam em setembro, as candidaturas deverão ser apresentadas em janeiro e fevereiro. Os processos seletivos ocorrerão de setembro a dezembro, no primeiro caso, e de março a junho, no segundo. Os resultados dos editais sairão em dezembro, para o verão, e junho, para o inverno.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Capes