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MEC representa Brasil em congresso de educação ambiental
O Ministério da Educação (MEC) participa nesta semana, de 4 a 7 de julho, do sétimo Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galícia, na cidade de Maputo, em Moçambique. O evento é promovido pela Rede Lusófona de Educação Ambiental (Redeluso) e o Ministério da Terra e Ambiente da República de Moçambique. O tema central é "Educação Ambiental: chave para a Sustentabilidade".
Em abril deste ano, os ministros do Meio Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconheceram a urgência de soluções às emergências ambientais no contexto de múltiplas crises globais e aprovaram as Linhas Orientadoras para a elaboração e implementação das Estratégias Nacionais de Educação Ambiental, documento elaborado pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental da CPLP e dinamizado pela Redeluso.
Agora, o Brasil participa do Congresso com uma das maiores delegações e quer retomar o protagonismo na agenda ambiental. O MEC é representando pela coordenadora-geral de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), Rita Silvana Santana dos Santos. Pelo Ministério do Meio Ambiente, o diretor de Educação Ambiental e Cidadania, Marcos Sorrentino, representa o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental. Participam, ainda, representantes de diferentes esferas de governo, de Redes de Educação Ambiental, de universidades, ONGs, movimentos sociais e da sociedade civil.
A coordenadora-geral, Rita Silvana Santana, participou do Painel “Os desafios da Educação Ambiental diante das emergências climáticas”. Também foram discutidos outros temas, como “Clima Estável como Património Comum da Humanidade”; “Casa Comum da Humanidade” e “Sobre os limites como tabu no campo da Educação Ambiental”.
Segundo ela, a participação da comitiva do Brasil no Congresso demonstra o compromisso de várias áreas do país com o fortalecimento das identidades e dos laços culturais dos países lusófonos. “Assim como com a relevância da Educação Ambiental na promoção de mudanças culturais profundas, especialmente, no atual cenário de emergência climática, que para além de uma crise ambiental, é uma crise civilizatória”, afirmou.
Rita Santana ressaltou que é preciso criar e fortalecer espaços como o sétimo Congresso, além de processos, programas e políticas que possibilitem o diálogo, a sensibilização, o aprofundamento conceitual, as pactuações e as ações educadoras voltadas às mudanças culturais necessárias. “Espaços emuladores de experiências, de outras trilhas a serem percorridas na busca humana incessante por dignidade, felicidade e bem-viver, em que a inovação e a ancestralidade devem ser aliadas, seja para a construção de políticas públicas ou de estratégias”, ressaltou.
Programação – o sétimo Congresso traz uma programação diversificada, com mesas de diálogos, painéis, comunicações orais, oficinas, minicursos, apresentação de poster, visitas técnicas, além de atividades culturais e lançamentos de livros. No primeiro dia, além da programação oficial foram realizadas reuniões e articulações bilaterais e multilaterais entre os representantes dos países, que devem se desdobrar em ações concretas conjuntas, por exemplo, nas áreas de formação, pós-graduação, pesquisa, e unidades de conservação.
As discussões buscam contribuir para a construção de valores e bases culturais para promoção de sociedades sustentáveis, em sintonia com o contexto cultural, político e social dos países lusófonos, promovendo intercâmbios científicos, culturais e de experiências, bem como a construção e identificação de um espaço de debate lusófono galego permanente em Educação Ambiental.
Redeluso – a Rede Lusófona de Educação Ambiental foi fundada em 2005, por conta da necessidade de uma articulação permanente da comunidade lusófona que atua no campo da Educação Ambiental e para dar visibilidade à produção científica e às ações de que ocorrem nos Países de Língua Portuguesa e na Galiza. O primeiro encontro presencial ocorreu em Joinville (SC), em abril de 2006, durante o quinto Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental. Em 2007, foi realizada a primeira edição do Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galícia, em Santiago de Compostela, Galiza.
No ano de 2013, o Brasil acolheu o segundo Congresso, em Cuiabá (MT). Em 2015, realizou-se o terceiro Congresso na Murtosa, Portugal; em 2017, em Santo António do Príncipe, São Tomé e Príncipe, ocorreu o quarto Congresso; em 2019, o quinto Congresso foi nos Bijagós, na Guiné-Bissau; e, em 2021, o sexto Congresso aconteceu nas Ilhas de São Vicente e Santo Antão, em Cabo Verde.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi