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INTERNACIONAL
Camilo Santana participa da Reunião de Ministros de Educação do G20
O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, participou, nesta quinta-feira, 22 de junho, em Pune, na Índia, da Reunião de Ministros de Educação do G20. A reunião encerra a presidência indiana no grupo e marca o protagonismo internacional do Brasil, que assumirá a presidência do G20 no dia 1º de dezembro de 2023, pelo período de um ano. A reunião contou com a presença de ministros da Educação dos 18 países integrantes do grupo, além de 9 convidados.
Em sua fala, Camilo Santana afirmou que a Presidência da República do Brasil indicou três desafios orientadores gerais para todos os grupos de trabalho: o desenvolvimento sustentável, a reforma das estruturas de governança global e o combate às desigualdades. “Esses grandes objetivos balizam os temas que queremos propor para o nosso Grupo, atentos ao que já foi produzido neste ano e nos anteriores”, defendeu.
Ao lado do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; do ministro da Educação da Índia, Dharmendra Pradhan; e do diretor-geral de Educação Infantil, Ensino Primário e Ensino Secundário da Indonésia, Iwan Syahril, o ministro Camilo Santana também destacou, em seu discurso, as ações retomadas pelo Brasil na área da educação, com o apoio do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva: a formação de professores, com valorização da carreira docente; o compartilhamento de conteúdos educativos entre plataformas de ensino; a ênfase na educação para o desenvolvimento sustentável e o engajamento comunitário das escolas.
A educação passou a ser novamente reconhecida como uma grande prioridade para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Nosso país voltou a ter voz no cenário internacional. Queremos estabelecer parcerias com outras nações em busca da paz e do desenvolvimento. Somos pautados pelos valores da democracia, da cidadania, da diversidade e dos direitos humanos. Acreditamos que o G20, como o grupo de grande de grande influência no âmbito internacional, pode ser crucial para a mudança que esperamos ver no mundo atual, especialmente na área da educação, tão preciosa para os nossos países” Camilo Santana, Ministro da Educação
Ao longo de dois dias, o ministro também irá participar de uma série de reuniões bilaterais. Hoje ele se reuniu com a OCDE e Emirados Árabes. Para amanhã, estão previstos encontros com Itália e Singapura.
Escolas conectadas – Camilo Santana destacou os impactos da pandemia de covid-19, que ampliaram os desafios educacionais, ao mesmo tempo que os meios de acesso digital avançaram rapidamente, mas de maneira desigual. “É preciso universalizar e democratizar o acesso às novas tecnologias. Nesse sentido, no Brasil queremos garantir que todas as escolas tenham conexão adequada à internet, para uso pedagógico. Nessa iniciativa, busca ser dado o direito à educação e propiciar a igualdade de condições a todos os nossos alunos. É preciso que falemos na alfabetização digital, como um meio de fomentar e promover a inclusão social de crianças, jovens e adultos e, consequentemente, como uma maneira significativa de impulsionar o desenvolvimento em nossos países”, afirmou.
Tempo integral – para Camilo Santana, mais do que nunca, é preciso reforçar os sistemas educacionais, para aumentar o envolvimento de estudantes na escola e diminuir as taxas de evasão escolar. “Por isso, o Brasil tem se preocupado em ampliar o acesso ao ensino integral e técnico profissionalizante, com maior tempo para o aluno no ambiente escolar. Com a ampliação do horário escolar e oferta de educação em tempo integral e profissionalizante, os alunos poderão ter acesso a uma gama mais ampla de oportunidades de aprendizado, para além do currículo tradicional. O Brasil também está empenhado para garantir que todas as crianças possam aprender a ler e escrever na idade certa. Essa é uma habilidade fundamental para as futuras gerações, um compromisso e dever do Estado para com as nossas crianças”, falou.
O ministro ressaltou, ainda, que os países membros e convidados do G20, em muitos casos, enfrentam desafios educacionais semelhantes aos do Brasil. “Sejamos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, podemos fazer ainda mais para melhorar a qualidade e a equidade da educação em nossa sociedade. Esperamos que reuniões como esta possam fomentar o estabelecimento de novas parcerias e iniciativas conjuntas que contribuem para esse objetivo”, disse.
Comitiva – além do ministro Camilo Santana, fizeram parte da comitiva brasileira a chefe da Assessoria Especial do Gabinete do Ministro, Janaína Carla Farias; a chefe da Divisão para Assuntos Internacionais, Natália Cabral do Rego Barros; o assessor especial para Assuntos Internacionais, Thomaz Alexandre Mayer Napoleão; o diretor de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Rui Vicente Oppermann; e o chefe da Divisão de Cooperação Educacional do Ministério de Relações Exteriores, Francisco Figueiredo de Souza.
GT em Educação – durante a semana, a equipe do MEC também participou de Reuniões Técnicas do Grupo de Trabalho (GT) em Educação do G20, do qual o Ministério é copresidente neste ano. Eles também participaram do seminário para discutir prioridades definidas pela presidência indiana do G20, como a importância da literacia e da numeracia básicas, no contexto da aprendizagem combinada. A literacia diz respeito ao ensino e à aprendizagem das habilidades de leitura e escrita. Já a numeracia é a capacidade de usar números para contar e habilidades matemáticas para resolver problemas em situações da vida cotidiana.
Na reunião do GT em Educação, também foram apresentados os relatórios das atividades realizadas pelos países durante a presidência indiana e finalizada a Declaração Ministerial, com assinatura dos ministros e adotada pelos países do G20, com orientações e ações na área.
Presidência – o atual formato do G20 foi estabelecido em 2008 e, desde então, é o principal foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. Esta será a primeira vez que o Brasil presidirá o G20 em seu atual formato. Para o país, é uma oportunidade única de apresentar seus atributos, credenciais e projetos, prioridades de políticas públicas e relações externas nas áreas de atuação do grupo.
O G20 possui atualmente de 21 grupos de trabalho, distribuídos em duas “trilhas” – uma coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, com 13 grupos de trabalho; outra, pelo Ministério da Fazenda, com 8 grupos de trabalho –, além de 11 grupos de engajamento com a sociedade civil.
A programação da presidência do G20 compreenderá mais de uma centena de reuniões oficiais em todo o território nacional, entre as quais a Cúpula de Líderes, cerca de 20 reuniões ministeriais, mais de 50 reuniões de altos funcionários, além de dezenas de eventos paralelos. A Cúpula de Líderes do G20, durante a presidência de turno brasileira, está prevista para ocorrer na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.
G20 – o principal objetivo do G20 é reunir, regularmente, as mais importantes economias industrializadas e emergentes do planeta para debater questões-chave da economia global e promover políticas compatíveis com os resultados obtidos pelo grupo.
O Grupo dos Vinte é composto por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Türkiye, Reino Unido e Estados Unidos) e a União Europeia.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional