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EDUCAÇÃO SUPERIOR
Governo federal retoma as obras da Unila
O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), Itaipu Binacional e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) assinaram protocolo de intenções para conclusão das obras na universidade, que estão paradas desde 2014. Serão investidos R$ 600 milhões provenientes dos caixas de Itaipu Binacional. O prazo para conclusão do campus, em Foz do Iguaçu (PR), que foi o último projeto assinado por Oscar Niemeyer, é de três anos.
A solenidade de assinatura do protocolo de intenções ocorreu em uma área próxima ao canteiro de obras da Unila, no terreno cedido pela Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR). Durante a cerimônia, o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, também deu posse à nova reitora, eleita pela comunidade universitária, Diana Araújo Pereira. Nomeada no dia 14 de junho, no Diário Oficial da União, a docente terá um mandato de quatro anos. “Uma das primeiras ações do presidente Lula, quando tomou posse, foi convidar reitores e reitoras para o diálogo. Outro compromisso que assumimos também foi o de garantir que todo reitor eleito democraticamente fosse empossado”, recordou.
O ministro da Educação também afirmou que o presidente Lula é o presidente do Brasil que mais construiu universidades e que fez questão de determinar a retomada das obras do campus da Unila. “O presidente determinou a retomada dessas obras, primeiro pelo compromisso com a Unila, e segundo porque a Universidade é, de fato, a integração dos países latino-americanos. Ela é a certeza dessa integração cultural em todos os aspectos: econômico, cultural e político da América Latina”, afirmou Camilo Santana. O ministro também garantiu que as obras da Unila serão entregues até o final do atual governo.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, considerou a iniciativa um investimento para o futuro dos jovens e dos países latino-americanos. “Qualquer dinheiro que se coloca na educação vale a pena, porque é investimento. E esse país pode ser o que a gente quiser, do tamanho que quisermos. A gente tem que ter a capacidade de realizar os nossos sonhos”, declarou. Da mesma forma, o presidente da República lembrou que voltou a governar para fortalecer a educação. “Voltei a governar para provar que a gente vai fazer mais escolas técnicas, mais institutos federais, mais universidades e vamos fazer escolas em tempo integral, para que as crianças possam ficar o tempo inteiro na escola”, disse.
Estudantes – a graduanda e presidente do Diretório Estudantil Latino-Americano da Unila, Jovana Schimidt Farias, considerou a conclusão do campus da Universidade uma forma de integração para os estudantes. “É um grande passo para nós, que estamos sem estrutura. Então, agora a gente vai ter estrutura, o sonho está ali ao lado e acredito que a Unila será referência no mundo inteiro. É isso que quero para a Universidade, é isso o que desejo e é para isso que luto”, declarou.
O também graduando da Unila Yordanis Crespo Urrita considerou a integração que a Universidade proporciona uma oportunidade de fortalecer as relações culturais e sociais. “Essa integração representa uma oportunidade única para fortalecer nossa economia, promover ajustes tanto sociais como culturais e construir pontes como irmãos e irmãs de uma única região. A integração é diversidade e essa é uma das maiores fortaleza desta universidade”, falou.
A reitora Diana Pereira comemorou a retomada das obras e desejou que a Unila sirva de apoio no desenvolvimento social da região, com ensino, pesquisa e extensão que valorizem a cooperação e a solidariedade na fronteira. “Nossa comunidade hoje é composta por 36 nacionalidades. A Unila é uma universidade pública brasileira, mas também é uma política pública para integração regional. Aqui, precisam nascer novos caminhos para a união e para a paz entre os povos latino-americanos e caribenhos”, definiu.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Enio Verri, anunciou o investimento para as obras e afirmou que o novo prédio se tornará mais uma atração turística da região. “Se Itaipu já tem a usina de Itaipu e as Cataratas como pontos turísticos, agora tem mais uma grande atração: a última obra desenhada por Oscar Niemeyer, refletida naquele prédio. Essa obra deverá iniciar o mais rápido possível e nós esperamos atender uma demanda, uma dívida que temos com nosso projeto, que é um projeto do presidente Lula com a América Latina, uma de suas marcas”, concluiu.
Histórico – a Unila foi criada no segundo mandato do presidente Lula e é considerada um símbolo da integração da América Latina e da cooperação Sul-Sul. Em 16 de março, durante a posse do atual diretor-geral brasileiro da Itaipu, o presidente da República assumiu publicamente o compromisso de concluir as obras durante seu mandato.
O protocolo de intenções, assinado entre Itaipu, Unila e MEC, prevê o financiamento por parte da Itaipu Binacional para execução do remanescente da estrutura. Serão concluídas as obras da primeira fase do futuro campus, paralisadas desde 2014, com 41,58% dos trabalhos executados. A etapa inclui o prédio principal com 18 andares, o bloco de salas de aula e o restaurante, estruturas que possibilitam toda a funcionalidade do campus e a ampliação do número de vagas da universidade. A segunda etapa do campus – que inclui teatro, biblioteca e laboratórios – não está contemplada neste protocolo.
Educação básica – o diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Enio Verri, também anunciou o repasse de R$ 17.869.361 para a aquisição de equipamentos e mobiliários destinados à reestruturação de 278 escolas do oeste do Paraná. O convênio, com vigência de 12 meses, foi celebrado com a Secretaria Estadual de Educação do Paraná (SEED/PR), que será responsável pelas aquisições. O investimento atenderá 278 instituições dos Núcleos Regionais de Ensino de Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, atingindo 54 municípios paranaenses.
Com o repasse, serão adquiridos móveis como armários, estantes, conjuntos de refeitório (mesa e banco) e banquetas de laboratório, além de 30 mil conjuntos de mesas e cadeiras escolares e 300 mesas para crianças e adolescentes com deficiência.
Assessoria de Comunicação Social do MEC