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Material pedagógico e formação docente são debatidos na COP
O Ministério da Educação (MEC) participou de mesa-redonda sobre preparação de professores no contexto da emergência climática. Organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o evento reuniu: a ministra da Educação do Malawi; representantes das agências da França e da Alemanha, que financiam projetos de desenvolvimento; e o diretor da Fundação Aga Khan. Também intervieram representantes de crianças, de jovens e de profissionais da educação, como a professora Marina Mantovani de Castro, do Espírito Santo. A mesa ocorreu no último sábado, 9 de dezembro, em Dubai.
Representando o Ministro Camilo Santana, o assessor especial para Assuntos Internacionais do MEC, Francisco de Souza, foi convidado a contar como o Brasil espera manter o engajamento internacional no tema enquanto país-sede da COP30, em 2025. Nesse sentido, comunicou a realização, já no início do ano que vem, da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, com o tema “Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática: saber e agir”.
O assessor aproveitou a ocasião para agradecer o apoio do UNICEF, de modo que o Grupo de Trabalho em Educação do G20, presidido pelo Brasil em 2024, lance prêmio dedicado a reconhecer boas práticas de engajamento comunitário de escolas de todo o mundo. Francisco ainda lembrou que o Brasil sediará, em 2025, o 8º Congresso Lusófono de Educação Ambiental. O País também espera fomentar etapas regionais de preparação para a COP30, sublinhando a importância de que os governos locais (por seu papel na gestão de redes escolares) sejam envolvidos no debate sobre o reforço da educação ambiental no contexto da emergência climática.
Material pedagógico – Os participantes do debate concordaram que é possível ampliar os espaços de compartilhamento de material pedagógico entre professores de todas as áreas e de todas as partes do mundo, a fim de facilitar a difusão de boas práticas de engajamento dos estudantes no tema da mudança climática. Concordaram também que o material adequado deve ser propositivo em vez de prescritivo e que deve haver espaço para abordagens do contexto local. Nesse sentido, é preciso convidar os estudantes a observarem o ambiente que está em volta dos muros de cada escola, além de refletirem sobre as consequências globais da questão do clima, que afeta todo o mundo, embora de modo desigual.
Outro dos consensos diz respeito à formação de docentes e à necessidade premente de muitos países do globo. Na opinião dos participantes, isso deve caminhar de forma associada à produção de material pedagógico adequado.
Cultura oceânica – Juntamente com representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o MEC manteve encontro, em Dubai, com oficial da Comissão Oceanográfica Intergovernamental. Há expectativa de que o Brasil venha a ser o primeiro país do mundo a anunciar a inclusão formal da cultura oceânica na base curricular, por já contar com: a Olimpíada do Oceano; diversos estabelecimentos que receberam o selo de Escola Azul; leis municipais sobre educação oceânica em algumas cidades; e o interesse da Capes no tópico.
Os presentes observaram as sensibilidades despertadas pela inclusão de novos componentes aos currículos. Ao mesmo tempo, notaram que, no caso dos oceanos, o esperado seria somente o reconhecimento de uma perspectiva. “Os conteúdos já estão lá, falta somente observá-los com a ótica da cultura oceânica”, resumiu o professor Ronaldo Christofoletti, presidente do Grupo de Peritos da Comissão Oceanográfica Intergovernamental.
A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o período 2021-2030 como a Década da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável. No âmbito da iniciativa, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, anunciou a ambição de incluir a cultura oceânica no currículo dos 193 Estados-membros da ONU até 2025.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional