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EDUCAÇÃO SUPERIOR
GT realizará estudos para internacionalização da Unila
O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu), instituiu o Grupo de Trabalho (GT) voltado à realização de tratativas e estudos para internacionalização da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). A Portaria n. 43/2023, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 18 de dezembro, é o primeiro passo para o resgate do projeto original da universidade federal, localizada em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O Grupo de Trabalho será formado pela Sesu, que coordenará e promoverá o apoio administrativo ao GT, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pela Assessoria Internacional do MEC, pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pela Unila. Além deles, devem integrar o GT os representantes paraguaios da Universidad Nacional del Este (UNE), do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do Paraguai (Conacyt) e do Ministério da Educação do Paraguai.
Com a instituição desse grupo, o governo federal pretende retomar o projeto inicial da Unila, como uma universidade que busca a integração latino-americana, a começar pela inclusão do país vizinho, o Paraguai. Para tanto, o GT criado terá caráter cooperativo e interinstitucional entre Brasil e Paraguai, bem como será desenvolvido pela Unila e pelo MEC. De acordo com a secretária da Sesu, Denise Carvalho, a ideia é fortalecer a Unila e consolidar a instituição federal de educação superior que teve seu projeto de implantação interrompido no governo anterior.
Segundo a reitora da Unila, Diana Araújo Pereira, embora a participação do MEC seja institucional, a ampla participação das comunidades interna e externa à universidade deverá acontecer via fóruns de debate e outras formas de diálogo, a serem organizadas à medida que se iniciarem os trabalhos. “O GT não possui função deliberativa, somente propositiva, e a decisão sobre a criação do instituto binacional caberá às instâncias superiores do MEC e do Conselho Universitário da Unila”, explicou em nota.
Segundo a reitora, “é fundamental reafirmar que a proposta de criação desse instituto vai ao encontro dos objetivos da Unila, reafirmando os princípios basilares de nossa Política de Pesquisa e Pós-Graduação, assim como seu próprio Estatuto, Regimento e Lei de Criação da Universidade, voltada a integrar e constituir, na Tríplice Fronteira, polos de ensino, pesquisa e extensão avançados e em rede, com articulações nacionais e internacionais”.
A internacionalização da Unila tem gerado debates na região da Tríplice Fronteira, muitas vezes, vinculando o financiamento de Itaipu Binacional à instituição de ensino superior à intenção de binacionalização do órgão. Porém, segundo o diretor-geral de Itaipu, Enio Verri, a participação de Itaipu está restrita ao Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a usina, a Unila e o MEC, para a finalização das obras do Campus da Unila. “O Presidente Lula determinou que começassem os estudos para a retomada do projeto original da Unila, que é torná-la um elo de integração da América Latina. Nós, da Itaipu, apenas financiaremos a finalização das obras. Não temos competência para tratarmos sobre a internacionalização, porque existe a autonomia universitária, e quem trata do tema é o MEC, por isso a Itaipu não faz parte do GT criado pelo Ministério de Educação”, ressaltou Verri.
Ainda segundo o diretor-geral da usina, a Itaipu é entusiasta do projeto educacional de integração latino-americana. Prova disso é que a usina apoiou desde a fundação da Unila até sua infraestrutura, financiando o projeto Niemeyer, doando o terreno do campus e, agora, colaborando com a retomada da obra e seu pagamento.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Sesu e da Unila