Ministério da Educação apresenta projetos de Educação Profissional e Tecnológica na COP 27

Com a proposta de discutir soluções para enfrentar as mudanças climáticas, a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada no Egito, contou com a participação de uma comitiva do Ministério da Educação (MEC). Os representantes estiveram presentes nas atividades ocorridas, durante o período de 11 a 16 de novembro, que abordaram temas relevantes, como as estratégias dos países para a redução da emissão de gases causadores de efeito estufa, o papel da transição energética nesse processo, possíveis sinergias entre instituições públicas e privadas e a importância de políticas educacionais que possibilitem o avanço da economia verde. A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e a Assessoria Internacional (AI) do MEC integraram a comissão técnica, para participar das moderações e discussões programadas.

A COP 27 busca acelerar a ação climática global por meio da redução de emissões, esforços de adaptação ampliados e fluxos aprimorados de financiamento. A comitiva compareceu aos seminários e _às mesas-redondas que discutiram a respeito do papel das instituições de ensino, tecnologia e inovação na promoção da agenda climática. Além disso, também foi abordada a temática que envolve o mercado de carbono e a transição energética, e a importância dos institutos federais e outras instituições de ensino na formação de profissionais para atuação nas indústrias de energia solar, eólica, hidrogênio e outras energias verdes, áreas nas quais o Brasil tem o potencial de ocupar posição de destaque global. A missão também contou com a participação do professor Marcelo Bregagnoli, do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSuldeMinas).

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Tomás Dias Sant’Ana, destacou que a educação tem papel fundamental tanto nas discussões sobre as mudanças climáticas quanto na proposição de soluções e medidas que visem reduzir e combater os agentes que intensificam tais efeitos responsáveis pelo clima global, incluindo a formação de profissionais para atuar nas novas indústrias. “O MEC possui ações que atuam diretamente na formação de profissionais nas áreas de energias renováveis e eficiência energética, que integram o Programa Energife. A iniciativa visa ampliar a oferta de cursos por meio de ações de capacitação, infraestrutura, parceria, pesquisa, desenvolvimento, inovação e empreendedorismo”, afirmou.

Ainda segundo ele, o MEC também implementou um projeto com o objetivo de aumentar as perspectivas de emprego dos estudantes em setores de sustentabilidade da economia brasileira, conhecido como Profissionais do Futuro, Competências para a Economia Verde. “Tais setores contemplam a Educação Profissional e Tecnológica, bioeconomia e energia, além de outras atividades produtivas sustentáveis relacionadas à economia circular e à digitalização.”, concluiu o secretário.

O secretário apresentou, ainda, as ações do MEC em uma mesa-redonda sobre ações de inovação vinculadas à sustentabilidade e à valorização da biodiversidade brasileira, junto a representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti). Nesse contexto, o MEC tem investido, no âmbito do Novo Ensino Médio, em Itinerários de Formação Técnica e Profissional para cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia Legal, com ênfase nas principais indústrias verdes de cada mesorregião contemplada, além de promover a capacitação de professores e técnicos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Escolas + Verdes

Ainda no âmbito do combate às mudanças climáticas e da promoção da educação ambiental, o MEC, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, lançou em setembro deste ano o Programa Escolas + Verdes, que visa promover a instalação de biodigestores em escolas do ensino básico em todo o Brasil, contribuindo para a redução da emissão de metano e outros gases causadores de efeito estufa para a atmosfera, melhoria das condições de saneamento das escolas e criação de oportunidades para ensino interdisciplinar de ciências e temas ambientais. Saiba mais sobre a iniciativa aqui.

Assessoria de Comunicação do MEC