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Evento debate formação de professores para a educação digital
A formação de professores para o ensino on-line pautou o primeiro dia do IV Encontro Internacional – Desafios da Educação Digital no Período Pós-Pandemia, realizado na última quarta-feira, 30 de novembro. A CAPES e a Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp) transmitiram ao vivo a reunião, organizada pela Fundação e pela instituição de ensino juntamente com a Associação de Educação a Distância dos Países de Língua Portuguesa (EADPLP). Esta é a primeira vez que a EADPLP se reúne no Brasil.
Na abertura do evento, Victor Godoy Veiga, ministro da Educação, enfatizou a importância do Brasil e demais países de língua portuguesa refletirem sobre o tema. “Nossa plataforma de educação a distância, Avamec, que possui mais de 300 cursos gratuitos, tinha 60 mil cursistas em 2019. Hoje tem 4,3 milhões”, pontuou. “É importante entendermos como ofertar essa modalidade de ensino com qualidade compatível – ou superior – em relação à presencial”.
Os debates foram iniciados após uma conferência apresentada por António Dias de Figueiredo, professor catedrático aposentado do Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Informática e Sistemas da mesma instituição.
Carlos Lenuzza, diretor de Educação a Distância da CAPES, representou a Fundação no evento. Ele participou da mesa de abertura e destacou a Universidade Aberta do Brasil (UAB) como ferramenta para a educação digital. O gestor citou o fato de haver uma associação com 134 instituições de ensino superior que ofertam a educação de forma on-line. Em seguida, liderou o painel Formação de professores para a educação on-line e afirmou que a pandemia acelerou as discussões sobre educação digital, o que exige que sua prática ocorra de forma mais especializada. “Educação digital, educação a distância, é uma ciência. É preciso assegurar uma preparação e ferramentas adequadas”, observou.
Por sua vez, Maria Helena Guimarães, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), acrescentou: “Para termos uma melhoria na formação de professores, precisaremos mudar a base e enfatizar o uso das tecnologias como mediação”. No painel de formação de professores, Lenuzza recebeu a companhia, além da líder do CNE, de Klaus Schlünzen Júnior, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, e João Correia, professor da FCT da Universidade Nova de Lisboa (UNL).
Também participaram da mesa de abertura Anacoreta Correia, membro convidado do conselho consultivo da EADPLP, Erivaldo Silva, secretário geral da Unesp, e Carla Padrel, reitora da Universidade Aberta de Portugal. Zacarias da Costa, secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), enviou uma apresentação gravada. Esse foi o primeiro de três painéis ao longo de dois dias. Os outros dois irão ao ar na quinta-feira, 1º de dezembro, e tratarão sobre inovação pedagógica e qualidade e regulação. Os debates serviram para “reafirmar a comunidade dos países de língua portuguesa como uma comunidade de valor”, segundo Paulo Dias, presidente da EADPLP.
Sobre a EADPLP
A Associação de Educação a Distância dos Países de Língua Portuguesa (EADPLP) foi criada em 2018, com a CAPES como um dos membros fundadores. O grupo é formado por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Os encontros acontecem anualmente, desde 2019. As duas primeiras edições se deram em Portugal e a terceira ocorreu de forma remota, por causa do distanciamento social imposto pela pandemia.
Assessoria de Comunicação Social do MEC