Educação Profissional e Tecnológica
A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil ainda é a opção escolhida pela minoria dos jovens brasileiros. Dentre as cerca de 9 milhões de matrículas no ensino médio regular no Brasil em 2019, apenas 21,3% corresponderam a cursos técnicos e magistério (INEP/MEC, 2021, p. 25). Quando se analisa os números de concluintes do ensino médio, os programas vocacionais foram responsáveis por aproximadamente 9%, muito abaixo dos 38% na média dos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (2021; p. 185).
A transição econômica mundial para um viés mais sustentável, trouxe também a discussão para o setor de educação sobre como formar ou requalificar profissionais para possibilitar esse desenvolvimento com menor impacto ambiental.
A educação profissional e tecnológica (EPT) na transição para a economia verde visa a formação de trabalhadores para ocupações verdes ou ocupações tradicionais que demandem novas competências consideradas verdes. Esses profissionais são responsáveis por implementar tecnologias e executar processos ambientalmente sustentáveis.
Tem-se então a possibilidade de ampliar a oferta de matrículas e, consequentemente, de concluintes de cursos técnicos e de qualificação no Brasil em cursos voltados para as competências verdes. Esse é um meio promissor de aumentar as oportunidades de inserção profissional e de atrair os jovens para profissões do futuro.
O Projeto Profissionais do Futuro estimula a modernização dos sistemas de EPT no país, tendo como referência experiências setoriais, do projeto e internacionais de modelos de formação em uma economia de baixo carbono. O projeto promove a reformulação de currículos e de métodos pedagógicos potencializados por tecnologias digitais, aliados à expansão de atividades econômicas relacionadas à bioeconomia, à economia circular e à energia renovável.