Apresentação
Criada em 2008 pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, também conhecida por Rede Federal, constituiu-se em um marco na ampliação, interiorização e diversificação da educação profissional e tecnológica no país.
Reconhecida pela qualidade do ensino ofertado, pela diversidade de cursos e por sua relevante atuação junto à população e às empresas locais, atua no sentido de potencializar o que cada região oferece de melhor em termos de trabalho, cultura e lazer.
Integrante do sistema federal de ensino vinculado ao Ministério da Educação, a Rede Federal foi instituída pela reunião de um conjunto de instituições:
- I - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Institutos Federais);
- II - Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR;
- III - Centros Federais de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) e de Minas Gerais (Cefet-MG);
- IV - Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais; e
- V - Colégio Pedro II.
Em 2023, a Rede Federal está composta por 38 Institutos Federais, 02 Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais e o Colégio Pedro II. Considerando os respectivos campi associados a estas instituições federais, tem-se ao todo 680 unidades distribuídas entre as 27 unidades federadas do país.
Essas instituições possuem autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar.
No âmbito do Ministério da Educação, compete à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) o planejamento e o desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica , incluindo a garantia de adequada disponibilidade orçamentária e financeira.
Reserva de matrículas
As instituições da Rede Federal seguem as determinações da Lei nº 12.711 de 2012, com a reserva de 50% das vagas a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, sejam matriculados em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Ainda, metade delas é voltada para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita.
Em ambos os casos, também são levados em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas na Unidade Federada, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São também de responsabilidade das instituições federais de educação profissional, científica e tecnológica (IFs) a implantação de programas de educação de jovens e adultos, conforme previsto no Decreto nº 5.840/2006, de criação do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade da Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). A oferta nessa modalidade pelos Institutos deve alcançar pelo menos 10% do total das vagas de ingresso da instituição. Esta meta do PROEJA contribuiu para o atendimento de um dos objetivos dos IFs estabelecidos em sua lei de criação (Lei nº 11.892/2011) de atender ao público da educação de jovens e adultos nesta forma integrada de oferta.
Saiba mais:
- Conheça os princípios e a concepção dos Institutos Federais.
- Encontre aqui as informações relativas às fundações de apoio das Instituições que compõem a Rede Federal
- Conheça a composição da Rede Federal em 2016: Portaria MEC nº. 378, de 09 de maio de 2016
Histórico
A história das instituições federais de educação profissional começa em 1909 com a criação das 19 Escolas de Aprendizes e Artífices
A história das instituições federais de educação profissional, que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, começou em 1909, quando o então Presidente da República, Nilo Peçanha, criou 19 escolas de Aprendizes e Artífices que, mais tarde, deram origem aos Centros Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Cefets).
Tida no seu início como instrumento de política voltado para as 'classes desprovidas', a Rede Federal se configura hoje como importante estrutura para que todas as pessoas tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas.
Foi na década de 1980 que um novo cenário econômico e produtivo se estabeleceu, com o desenvolvimento de novas tecnologias, agregadas à produção e à prestação de serviços. Para atender a essa demanda, as instituições de educação profissional vêm buscando diversificar programas e cursos para elevar os níveis da qualidade da oferta.
Cobrindo todo o território nacional, a Rede Federal presta um serviço à nação, ao dar continuidade à sua missão de qualificar profissionais para os diversos setores da economia brasileira, realizar pesquisa e desenvolver novos processos, produtos e serviços em colaboração com o setor produtivo.
Em 29 de dezembro de 2008, com a Lei nº11.892, 31 centros federais de educação tecnológica (Cefets), 75 unidades descentralizadas de ensino (Uneds), 39 escolas agrotécnicas, 7 escolas técnicas federais e oito escolas vinculadas a universidades deixaram de existir para formar os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
Centenário
Em 2009, em comemoração aos cem anos dessas primeiras instituições de educação profissional, o MEC promoveu os seguintes eventos:
- Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (23 a 27 de novembro de 2009);
- Exposição Fotográfica Itinerante;
- Jogos Estudantis da Rede Federal – 2010;
- Festival de Arte e Cultura da Rede Federal – 2010
- Publicação do Livros históricos-documentais, do Foto biografia da Rede e História do Ensino Agrícola.
Saiba mais:
Programas e ações
Conheças algumas das iniciativas da Setec/MEC que marcam o processo de expansão e consolidação da Rede Federal
Para além da importante diversificação de cursos ofertados e da ampliação do número de vagas, o desenvolvimento de ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na educação profissional e tecnológica tem marcado o processo de expansão e consolidação da Rede Federal, decorrente do entendimento do importante papel que ela tem a desempenhar em prol do aumento da competitividade, da produtividade e da economia nacional.
Assim, são crescentes as ações de desenvolvimento de pesquisa aplicada e de qualificação de recursos humanos com este enfoque.
Conheça abaixo algumas das principais ações executadas pela Setec/MEC nesse âmbito.
Polos de Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii IF)
Os polos de inovação são constituídos a partir de competências tecnológicas específicas dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) do Ministério da Educação, que são mobilizadas para o desenvolvimento de inovações para a indústria brasileira.
Assim, a atuação de um Polo EMBRAPII IF está voltada ao atendimento das demandas do setor produtivo por pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e à formação profissional para as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) na indústria. A articulação entre os IFs como instituições de pesquisa tecnológica e as empresas do setor industrial é realizada pela EMPRAPII.
Saiba quais são os Polos de Inovação dos Institutos Federais no país
Núcleo Estruturante da Política de Inovação (NEPI)
O Núcleo Estruturante da Política de Inovação visa ao desenvolvimento da Política de Inovação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT), a operacionalização dos Polos de Inovação dos Institutos Federais (IFs) e a implementação de ações estratégicas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
Foi implantado por meio do Acordo de Cooperação Técnica nº 002/2016, entre o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IFG).
Conheça as ações desenvolvidas acessando os Relatórios de Atividades do NEPI
Plano de Formação Continuada dos Servidores da Rede Federal (Plafor)
Instituído pela Portaria nº 15/2016, o Plano de Formação Continuada dos Servidores da Rede Federal (Plafor) tem por objetivo potencializar as ações de formação continuada dos docentes e técnicos administrativos da Rede Federal, com vistas ao desenvolvimento na carreira e à consolidação da identidade da Rede.
Embasado na Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal a ser implantada pelas diferentes instâncias da administração pública federal direta, autárquica e fundacional instituída pelo Decreto nº 9.991, de 2019, tem ofertado os seguintes programas:
I ‐ Programa de Capacitação Profissional (Cursos de até 360 horas)
1. Iniciação ao serviço público;
2. Formação geral; e
3. Capacitação técnica (específico para cada área de atuação).
II ‐ Programa de Formação Gerencial, dividida em dois eixos:
1. Desenvolvimento gerencial (administrativo e educacional)
2. Formação de Gestores
III ‐ Programa de Qualificação
1. Técnico de Nível Médio
2. Graduação
3. Pós‐Graduação lato e stricto sensu (Especialização, Mestrado, Doutorado e Pós‐Doutorado).
Os programas do Plafor são oferecidos nas modalidades presencial e a distância.
Gestão dos Indicadores
De acordo com determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), por meio do Acórdão nº 2.267/2005 TCU, as Instituições da Rede Federal incluem em seu relatório de gestão das contas anuais um conjunto de indicadores de gestão e a análise sobre os dados.
No mesmo Acórdão, o TCU determinou à Setec/MEC que inclua também em seu relatório de gestão das contas anuais, apreciação crítica sobre a evolução dos dados (indicadores e componentes), com base em análise consolidada das informações apresentadas pelas Instituições da Rede Federal, destacando aspectos positivos e oportunidades de melhoria.
Estes relatórios permitem acompanhar as ações desenvolvidas pela Rede Federal, bem como avalia-las, constituindo-se em importante ferramenta para gestores, professores, pesquisadores e alunos.
Acesse os relatórios anuais consolidados de análise dos indicadores