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Alto Rendimento
Série documental registra trajetória de atletas paralímpicos
Foto: Francisco Medeiros / rededoesporte.gov.br
Antes de chegar ao topo do pódio, os atletas paralímpicos enfrentam uma rotina repleta de desafios. Essas histórias de luta e dedicação são protagonistas da série Mergulho, veiculada em emissoras universitárias de todo o país e na TV Senado, e que também estará disponível nas redes sociais da Secretaria Especial do Esporte (SEE) do Ministério da Cidadania.
Os 25 episódios, com duração de cerca de 30 minutos cada, contam com legenda e descrição de imagens. Filmada em nove cidades brasileiras, a produção, fruto de uma parceria da SEE, através da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR), com a Universidade Federal de Goiás (UFG), traz depoimentos de representantes de diversas modalidades como: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima, halterofilismo, hipismo, judô, tiro esportivo, triatlo, vôlei sentado entre outros.
Atletas, técnicos e familiares contam histórias de vida, relembram o encontro com o esporte, os bastidores e as estratégias para se destacar. Um dos participantes da série é o médico e remador Renê Pereira, medalhista em diversos campeonatos, com vaga garantida nos Jogos de Tóquio. Em 2006, ele teve um abscesso epidural, que comprimiu sua medula e levou à perda do movimento das pernas.
“A palavra que eu mais escutava é superação. Assim como no meio não paralímpico, vai haver o Usain Bolt, e também seus adversários. O que faz um atleta chegar na frente do outro é o treinamento, o comprometimento. Acho que os atletas paralímpicos gostariam de cada vez mais serem vistos pela sua capacidade, e não apenas pela superação”, explicou o remador.
“Não é café com leite, é esporte de alto rendimento, que exige performance e é preciso abrir mão de muitas coisas para alcançar resultados”, afirma a atleta do tiro com arco Thais Carvalho, que sofre de pesudoartrose congênita e teve uma perna amputada. Para ela, a experiência de acompanhar uma competição paralímpica vai além de vibrar com os resultados no esporte: permite se envolver com a trajetória do atleta.
A Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento acredita que investir em pesquisas voltadas ao paradesporto é um meio de promover a inclusão, a melhoria de vida desses atletas, e a disseminação de uma visão mais humanizada e aprofundada acerca dessa realidade.
Com efeito, dos 7.197 atletas beneficiados pelo Programa Bolsa Atleta, 1.755 são paratletas, refletindo em um investimento do Governo Federal no montante de R$ 44 milhões durante o ciclo paralímpico de Tóquio.
“Historicamente, as Pessoas com Deficiência atravessaram diversas barreiras ao longo de suas vidas para alcançarem uma mínima aceitação e participação dentro da sociedade, em todas as suas dimensões”, destacou Bruno Souza, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR). Segundo ele, o projeto permitiu a construção de um vasto banco de dados, que poderá ser aproveitado em pesquisas e ações que deem mais visibilidade à missão paralímpica.
Mergulho
O documentário é fruto de um projeto de pesquisa sobre visibilidade do esporte e atletas paralímpicos, coordenado pela professora da UFG Vanessa Dalla Déa. O projeto também rendeu um seminário (assista aqui o período da manhã e aqui o período da tarde) com palestras e mesas redondas, além de um e-book que pode ser acessado aqui.
Financiado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, o projeto foi realizado pela Universidade Federal de Goiás e dirigida por Kellen Casara. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer de Goiás são alguns dos apoiadores do projeto.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania