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Secretário do Esporte prestigia a final do Rio Open de Tênis, realizado com recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte
Maior torneio de tênis profissional da América do Sul, o Rio Open, disputado no Jockey Club Rio de Janeiro, terminou na noite deste domingo (24.02) com vitória do sérvio Laslo Djere na final de simples. O jogador, de 23 anos e atualmente na 90ª posição do ranking mundial, conquistou o troféu após vencer na decisão a revelação canadense Felix Auger-Aliassime, 104º do ranking, de apenas 18 anos, por 2 x 0, com parciais de 6/3 e 7/5.
No sábado (23.02), pela chave de duplas, os brasileiros Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva perderam a final para o argentino Máximo González e o chileno Nicolás Jarry, que triunfaram de virada por 2 x 1, com parciais de 6/7 (3/7), 6/3 e 10/7. Com isso, o Brasil segue sem conhecer um campeão no Rio Open, que este ano chegou à sua 6ª edição.
A final deste domingo contou com a presença do secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marco Aurélio Vieira, que participou da cerimônia de premiação de Laslo Djere e Felix Auger-Aliassime. A organização do Rio Open conta com parte de seus recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte e Alan Adler, CEO da IMM, realizadora do torneio juntamente com o Instituto Carioca de Tênis, destaca a importância que o incentivo tem no contexto da realização de grandes eventos esportivos.
“Sem a Lei do Incentivo ao Esporte não haveria o Rio Open. Tanto em nível federal quanto estadual”, explica. “O Brasil é um país que tem uma renda per capta relativamente baixa e para trazer grandes propriedades do entretenimento mundial, seja do esporte ou da cultura, você precisa de algumas compensações, porque não existe renda para sustentar um evento desses, que é muito caro”, continua Alan Adler.
“Para você estar no circuito mundial de tênis, você tem que garantir uma premiação do nível da ATP (a Associação dos Tenistas Profissionais), assim como para trazer a Fórmula 1. Então a gente precisa desses incentivos e os patrocinadores se utilizam desses incentivos para poder viabilizar. O que é legal? Primeiro que o retorno econômico para a sociedade, medido pela Consultoria Deloitte, mostra que é enorme. O Rio Open gera de retorno econômico para o estado do Rio de Janeiro R$ 113 milhões. E recebe de incentivo R$ 9,9 milhões pelo ICMS e em torno de R$ 4 a 5 milhões da lei federal. O custo de um evento desses é dez vezes maior do que isso. Ou seja: é uma parcela pequena em relação ao custo total do evento”, ressalta o CEO da IMM.
“Além disso, esse é um torneio transmitido para 130 países. Ou seja: a imagem do estado e da cidade vai para todos esses países. E a gente também apoia 500 crianças de projetos sociais ao longo do ano, incentivando jogadores de tênis e aumentado a base”, conclui Adler.
Para o secretário Marco Aurélio Vieira, o Rio Open comprova os vários aspectos de aplicação da Lei de Incentivo ao Esporte, que vai muito além de projetos na área social. “O espírito da Lei de Incentivo ao Esporte é exatamente esse: conseguir ao mesmo tempo promover o lado social e o esporte de alto rendimento. Nós estamos vendo aqui hoje o exemplo de um modelo de projeto que traz para o Rio de Janeiro e para o Brasil todo o retorno de um empreendimento de esporte de alto rendimento com altíssimo padrão. Não só nas instalações, mas no jogo propriamente dito, na promoção do esporte e do tênis”, afirma Marco Aurélio Vieira.
Emoção na premiação
A final do Rio Open colocou em lados opostos da quadra dois jovens tenistas que lutaram para conquistar o primeiro título de suas carreiras profissionais. Por se tratar de um evento da série ATP 500, Laslo Djere somou 500 pontos no ranking mundial e deverá saltar, nesta segunda-feira (25.02), da 90ª para a 37ª posição. Já Felix Auger-Aliassime também ganhará diversas posições com a conquista do vice-campeonato e deverá aparecer na 59ª posição.
Em seu discurso após ser anunciado como campeão do Rio Open 2019, Laslo emocionou a plateia ao lembrar os pais e dedicar o título a eles. Quando tinha 15 anos, sua mãe foi diagnosticada com câncer. Ela perdeu a batalha para a doença dois anos depois. Em dezembro passado, Laslo também perdeu o pai, igualmente vitimado por um câncer.
Além dos jogadores, o tricampeão de Roland Garros e ex-número 1 do mundo Gustavo Kuerten foi muito aplaudido durante a cerimônia de premiação, da qual participou. A quadra central do Rio Open leva o nome de Guga e na noite deste domingo o torneio também prestou uma homenagem a outra lenda do tênis brasileiro: Maria Esther Bueno, falecida em junho do ano passado, aos 78 anos.
Tanto Laslo Djere quanto Felix Auger-Aliassime seguem no Brasil nesta semana, já que ambos partem agora para São Paulo onde disputam, a partir desta segunda-feira, o Brasil Open, torneio da série ATP 250, que garante 250 pontos no ranking para o campeão.
Luiz Roberto Magalhães - Ministério da Cidadania, do Rio de Janeiro