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Secretário da ABCD, Emanuel Rego participa de Audiência Pública na Câmara dos Deputados sobre o paradesporto
O secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Emanuel Rego, participou, nesta quarta-feira (29.05), de uma Audiência Pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, ocasião em que representou o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil.
Iniciativa do deputado Julio Cesar Ribeiro (PRB-DF), a audiência tratou do tema paradesporto. Durante sua apresentação, Emanuel Rego falou sobre a importância dos investimentos federais no processo de desenvolvimento do paradesporto brasileiro. O secretário apresentou diversos números que destacam a participação efetiva do governo federal no esporte paralímpico do país.
Participaram da audiência, compondo a mesa, além do deputado Julio Cesar Ribeiro, o diretor-técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CBP), Alberto Martins; o presidente da Associação do Centro de Treinamento de Educação Física Especial, Ulisses Araújo; e a atleta da paracanoagem Andréa Pontes. Além dela, Ana Paula Gonçalves Marques, campeã mundial de vela adaptada, e a jogadora da Seleção Brasileira de Futsal de Surdos Sabrina Santana acompanharam a audiência, entre outras autoridades e representantes do CPB.
“Os investimentos federais no esporte paralímpico em quase duas décadas, feitos por vários instrumentos, como a Lei Agnelo/Piva, o Bolsa Atleta, o Bolsa Pódio e a Lei de Incentivo ao Esporte, transformaram o esporte paralímpico do Brasil em uma potência mundial. Outra grande conquista foi o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, um dos grandes legados dos Jogos Rio 2016”, ressaltou Emanuel.
“Desde 2001, quando a Lei Agnelo/Piva foi sancionada, o Brasil obteve um enorme ganho na classificação final nas Paralimpíadas. Em 2004, em Atenas, fomos 14º, o que já era um resultado muito bom. Passamos para 9º em Pequim 2008, para 7º em Londres 2012 e ficamos em 8º no Rio 2016, com o recorde de 72 medalhas conquistadas. Hoje, estamos entre as dez maiores nações do mundo no esporte paralímpico. Isso é motivo de orgulho para todos os brasileiros”, continuou Emanuel.
Durante sua fala, Emanuel lembrou que o Bolsa Atleta, maior programa de patrocínio individual a atletas do mundo, já concedeu, desde 2005, 63,3 mil bolsas para 26,5 mil atletas, fruto de um investimento que supera a marca de R$ 1,1 bilhão. Do total, 14.120 bolsas foram destinadas a atletas paralímpicos, num investimento de R$ 197,5 milhões.
Atualmente, 6.199 atletas estão contemplados pelo Bolsa Atleta. Desses, 1.326 são de modalidades paralímpicas. Já a Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa, beneficia este ano 277 atletas, dos quais 147 são paralímpicos.
O secretário também ressaltou que a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania celebrou um convênio com a Confederação Brasileira de Surdos para a realização das Surdolimpíadas do Brasil em 2019. A competição será realizada entre os dias 20 e 30 de junho, em Pará de Minas (MG), distante uma hora de Belo Horizonte, e contará com disputas das seguintes modalidades: atletismo, badminton, basquete, futebol, handebol, judô, karatê, natação, tênis de mesa, vôlei, vôlei de praia e xadrez.
Indagado pela atleta Ana Paula Marques sobre como o governo federal pode voltar a apoiar esportistas que hoje não fazem parte do programa dos Jogos Paralímpicos, Emanuel lembrou que entre 2010 e 2016 o Bolsa Atleta tinha uma categoria para modalidades não olímpicas/não paralímpicas.
Ele revelou que, no período, os atletas surdos, por exemplo, receberam mais de R$ 2,5 milhões em bolsas e afirmou que ainda este ano, com o suplemento na verba do programa, o Ministério da Cidadania deverá voltar a lançar um edital para as modalidades não olímpicas e não paralímpicas.
Maior legado dos Jogos Rio 2016
O diretor-técnico do CPB, Alberto Martins, foi categórico ao falar sobre a importância do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, fruto de um investimento federal de R$ 187 milhões (R$ 167 milhões na construção e R$ 20 milhões na equipagem). “O centro é o maior legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, não só por sua estrutura física, mas por sua utilização.”
O presidente do CPB, Mizael Conrado, não conseguiu viajar a Brasília por força de outros compromissos, mas participou da audiência via videoconferência. “Eu deveria estar aí, mas infelizmente não foi possível. Tivemos uma importante reunião aqui em São Paulo e em breve faremos um anúncio importantíssimo para o esporte paralímpico e para as pessoas com deficiência de nosso país”, declarou Mizael.
Na sequência, ele citou números superlativos sobre o Centro de Treinamento Paralímpico: “Em 2019, serão mais de 300 competições realizadas nas instalações do Centro de Treinamento Paralímpico. Com ele, conseguimos fazer a inclusão para além do alto rendimento, no contraturno escolar, com diversas modalidades oferecidas aos estudantes”, destacou o dirigente.
Segundo Mizael, em três anos de funcionamento, o Centro de Treinamento hospedou 13 mil atletas, serviu 115 mil refeições, viu 16 mil esportistas treinarem em suas instalações, 43 mil atletas participarem de competições sediadas no local e realizou 490 eventos. “Nossa maior recompensa, mais do que medalhas, é a cada dia conseguir fazer com que uma pessoa com deficiência passe a praticar esportes no Brasil”, completou Alberto Martins.
Sancionada em 2001, a Lei Agnelo/Piva, que garante a distribuição dos recursos das loterias federais para as entidades do Sistema Nacional do Esporte, é a principal forte de recursos do Comitê Paralímpico Brasileiro. Para 2019, a projeção da Caixa Econômica é de que R$ 630 milhões sejam repassados aos beneficiados. A previsão é de que R$ 122 milhões cheguem ao CPB para investimento no esporte paralímpico do país.
Luiz Roberto Magalhães – Ministério da Cidadania