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Secretaria Especial do Esporte, COB, CPB e CBC discutem planejamento para Tóquio 2020 e para o ciclo 2020/2024
Representantes da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira (13.11), em Brasília. O objetivo do encontro foi permitir que os principais atores que atuam no desenvolvimento do esporte de alto rendimento no país pudessem apresentar e alinhar ações na reta final da preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020, além de discutir o ciclo visando aos Jogos de 2024, em Paris.
A reunião foi conduzida pelo secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, e contou com a presença do secretário especial adjunto, Marco Aurélio Araújo, do secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Emanuel Rêgo, e da secretária nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Luisa Parente, entre outros representantes da pasta.
O COB foi representado pelo vice-presidente Marco Antônio La Porta e pelo diretor-geral Rogério Sampaio. O diretor-técnico do CPB, Alberto Martins, e o gerente de competições e formalização de parcerias do CBC, Ricardo Avellar, também participaram. Outro tema da reunião foi o planejamento de uma série de homenagens programadas para o ano que vem, que marcará o centenário da primeira participação brasileira nos Jogos Olímpicos, na Antuérpia, em 1920.
A Secretaria Especial do Esporte, o COB, o CPB e o CBC fizeram apresentações sobre as principais ações desenvolvidas neste ciclo olímpico. Depois, houve uma troca de ideias sobre maneiras de tornar mais eficiente a sinergia entre os entes responsáveis pelo esporte de alto rendimento, de modo que o Brasil possa ser cada vez mais bem-sucedido nos eventos internacionais. Outro objetivo é trabalhar em conjunto na formação de atletas, tarefa desenvolvida principalmente nos clubes que atuam sob o guarda-chuva do CBC.
"Nossa intenção com essa reunião é convergir as ações do esporte paralímpico com o olímpico e com os clubes, que são a base de nosso esporte de alto rendimento", ressaltou Décio Brasil. "É importante unificar as agendas, fazer programas, ações e eventos em que estejam todos incluídos, para fortalecer o desenvolvimento do esporte", continuou o secretário.
"Essa iniciativa da Secretaria Especial do Esporte é muito válida. Os principais atores do alto rendimento precisam estar juntos para entender como funciona o lado paralímpico, o Comitê Brasileiro de Clubes, o COB e, a partir daí, encontrar soluções conjuntas", reforçou Marco Antônio La Porta.
De acordo com o COB, o Brasil já conta com 151 vagas, em 20 modalidades, para os Jogos Olímpicos de Tóquio. A aclimatação será feita em 11 bases no Japão, e a chegada dos atletas está prevista para 10 ou 12 dias antes da cerimônia de abertura. Em todas as bases, os atletas terão uma estrutura de ponta montada pelo COB, com salas de treinamento e musculação, culinária e hidratação brasileiras, serviços de massoterapia, fisioterapia e atendimento médico, apoio operacional, transporte terrestre e lavanderia.
Já para os Jogos Paralímpicos, o Brasil contará com apenas uma sede para aclimatação, em Hamamatsu, cidade que detém a maior colônia brasileira no Japão. O CPB projeta uma delegação com 414 participantes, em 22 modalidades. As Paralimpíadas de Tóquio 2020 serão disputadas entre os dias 25 de agosto e 6 de setembro e, segundo o CPB, a aclimatação será realizada entre 4 e 18 de agosto, quando os atletas terão uma estrutura nos mesmos moldes da montada pelo COB.
"Essa foi uma oportunidade de a secretaria coordenar um novo paradigma para o esporte no Brasil", afirmou Alberto Martins. "É um momento em que a gente pode discutir o estado do esporte olímpico, paralímpico e da formação nos clubes e em conjunto solucionar problemas e indagações que são comuns a todos. É extremamente positivo um grupo de trabalho dessa natureza", prosseguiu o diretor-técnico do CPB.
Caçula dos comitês brasileiros, o CBC, fundado em 1990, tem como principal função trabalhar no desenvolvimento e na implementação da política de formação de atletas, por meio das entidades que mais revelam talentos esportivos: os clubes. A entidade tem papel crucial no planejamento do esporte de alto rendimento, principalmente no que diz respeito aos ciclos olímpicos e paralímpicos.
Atualmente, 1.658 clubes de todas as regiões do país estão ligados ao CBC. São 68.483 pessoas, entre atletas, técnicos, árbitros e outros profissionais. O Norte tem o menor número de filiados: 97 clubes e 679 atletas. O Sudeste é a principal região, com 740 clubes filiados e 37.536 atletas.
Nos últimos anos, os Campeonatos Brasileiros Interclubes das várias modalidades e faixas etárias têm crescido em todo o país. Em 2017, foram disputadas 37 competições. Em 2018, foram 53, e 2019 fechará com 100 eventos. Para 2020, o salto será ainda maior, pois estão previstos 250 campeonatos, o que reforça o processo de formação de atletas.
"Essa iniciativa da Secretaria Especial do Esporte é fundamental. Até temos algumas articulações bilaterais, mas precisávamos de uma reunião para estabelecer essas parcerias articuladas pelo ente que faz a política nacional de esporte no país", afirmou Ricardo Avellar.
"O principal resultado da reunião foi o engajamento de todos e a liderança da secretaria em prol de ações positivas para o alto rendimento, nessa união de quatro entes tão importantes para o esporte brasileiro. Abrimos um caminho que tem tudo para dar certo e vamos trabalhar para isso", frisou o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Emanuel Rêgo.
Luiz Roberto Magalhães - Ascom - Ministério da Cidadania