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São Paulo e Distrito Federal se destacam no quadro de medalhas das Surdolimpíadas Brasil 2019
As seleções de São Paulo e do Distrito Federal tiveram amplo destaque nas Surdolimpíadas Brasil 2019, realizadas de 21 a 23 de junho em Pará de Minas (MG), cidade de 90 mil habitantes a 80 quilômetros de Belo Horizonte. Os paulistas, que levaram uma delegação com quase 100 pessoas, entre atletas, técnicos e voluntários, somaram 73 pontos na competição, que reuniu 315 atletas de 14 Unidades da Federação.
Após a disputa em 11 modalidades, o estado somou 15 medalhas de ouro, 16 de prata e 7 de bronze, num total de 38 pontos. "Esse troféu não merece só a FDSESP, mas sim todas as federações que participaram, a CBDS pela organização, todos os voluntários e todo mundo que estava lá no evento", afirmou a presidente da Federação Desportiva dos Surdos do Estado de São Paulo (FDSESP), Bárbara Rossi.
A equipe do Distrito Federal também teve grande destaque, com a segunda colocação no geral: 14 ouros, seis pratas e seis bronzes conquistados, num total de 26 pódios e 45 pontos. A seleção anfitriã, de Minas Gerais, fechou o grupo das três melhores, com 13 medalhas, sendo seis ouros, duas pratas e cinco bronzes, com 18 pontos somados. Ao todo, 136 medalhas foram distribuídas. Com exceção de Roraima, todos os estados tiveram pelo menos um representante no pódio. No último dia de competições, no domingo (23.06), foram definidos os campeões nas modalidades coletivas, casos de handebol, futebol, basquete e vôlei.
No handebol, a seleção da capital federal foi dominante, com os títulos no masculino e no feminino. No basquete, disputado apenas entre os homens, os catarinenses foram os campeões, com os paulistas em segundo lugar. No futebol, também disputado apenas no naipe masculino, Minas celebrou a vitória, com São Paulo como vice. Já no vôlei, vitória paulista no feminino e dos gaúchos no masculino.
Mundial de Natação
Com o fim das Surdolimpíadas, o próximo evento de grande expressão para a comunidade de surdoatletas é o Campeonato Mundial de natação. A competição será realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, de 25 a 31 de agosto. Segundo estimativas do Comitê Internacional de Esportes para Surdos, são esperados 200 nadadores de 35 países.
Sede e Bolsa Atleta
Na abertura do evento esportivo, que contou com a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e do ministro da Cidadania, Osmar Terra, o governo federal fez dois acenos à comunidade de surdoatletas.
O primeiro deles foi a perspectiva do lançamento, até o fim do ano, de um edital do Bolsa Atleta para contemplar atletas de esportes não olímpicos e não paralímpicos. O segundo foi a viabilização de uma sede para a Confederação Brasileira de Desporto de Surdos (CBDS), na 912 Sul, em Brasília, numa parceria com a Caixa Econômica Federal.
"Acredito que até o fim do ano a gente termina esse edital. Com a reorganização do orçamento, que trouxe mais R$ 70 milhões para o Bolsa Atleta, vamos fomentar o esporte não só na comunidade de surdos, mas também entre os autistas e todos os que estão fora do programa olímpico e paralímpico", disse Emanuel Rego, secretário nacional de Alto Rendimento da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Investimento
Para dar suporte ao evento, a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania celebrou um termo de fomento com a Confederação Brasileira de Surdos (CBDS) no valor de R$ 130 mil. Os recursos vieram a partir de uma emenda parlamentar.
A primeira edição de Olimpíadas de Surdos do Brasil foi realizada em maio de 2002, na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, com a participação de cerca de 1.500 surdoatletas, de nove estados.
Gustavo Cunha - Ascom - Ministério da Cidadania