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Rodrigo Koxa, dono do recorde de maior onda já surfada, é recebido pelo presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro, o surfista Rodrigo Koxa, o secretário especial de Cultura, Mário Frias, e o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães. Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro, o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, e o secretário especial de Cultura, Mário Frias, receberam nesta quarta-feira (28.10), no Palácio do Planalto, o surfista paulista Rodrigo Augusto do Espírito Santo. Rodrigo Koxa, como é mais conhecido, é um dos grandes destaques do surfe brasileiro no cenário internacional. Também estiveram presentes ao evento o secretário adjunto do Esporte, André Alves, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP).
Foi uma honra imensurável. Eu nunca havia vindo a Brasília e nunca tinha falado com nenhum presidente. Depois de conseguir um feito, um recorde, é delicioso poder ter esse carinho, esse respaldo e esse reconhecimento. É um momento muito feliz da minha vida”
Rodrigo Koxa, surfista
Nascido em Jundiaí (SP), em 22 de setembro de 1979, e radicado no Guarujá (SP), Rodrigo Koxa tem o nome registrado no Guiness Book , o livro dos recordes, por uma façanha que todo surfista e todo apaixonado por ondas no planeta respeita: a de ter surfado a maior onda já documentada na história, um paredão de 24,4 metros.
“Foi uma honra imensurável. Eu nunca havia vindo a Brasília e nunca tinha falado com nenhum presidente. Depois de conseguir um feito, um recorde, é delicioso poder ter esse carinho, esse respaldo e esse reconhecimento. É um momento muito feliz da minha vida”, afirmou Koxa.
Além de ter sido recebido pelo presidente, o surfista será homenageado por Mário Frias com a Ordem do Mérito Cultural, honraria concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento a suas contribuições à cultura do Brasil.
“Sou brasileiro, levo a bandeira onde vou. Quando venci o prêmio (de maior onda surfada na história), a primeira coisa que fiz foi levantar a bandeira do Brasil e olhar para o céu agradecendo. É aquela frase: Verás que um filho teu não foge à luta . Seguimos vivendo intensamente o que a gente faz, sempre com essa paixão pela nossa pátria”, prosseguiu o recordista, que entregou uma prancha especialmente feita para o presidente Jair Bolsonaro.
“Eu recebi o convite para vir a Brasília e comentei com meus patrocinadores que viria para cá e eles na hora se prontificaram a fazer uma prancha especial: pintaram com as cores do Brasil e acho que foi mais do que merecido presentear o presidente. Ele está reconhecendo os atletas e estou honrado por isso. Então, nada mais justo do que presenteá-lo”.
Koxa entregou ao presidente Bolsonaro uma prancha pintada nas cores da bandeira brasileira. Foto: Isac Nóbrega/PR |
Para Marcelo Magalhães, Rodrigo Koxa é mais uma prova da versatilidade do atleta brasileiro. “O brasileiro é talhado para o esporte. O Brasil é famoso por ser o país do futebol, mas somos também uma nação de surfistas, de jogadores de vôlei, de ginastas, de jogadores de basquete, de corredores, de judocas, de saltadores, de nadadores, de boxeadores, de nadadores, de tenistas... Enfim, temos expoentes em várias modalidades que honram o país mundo afora. O presidente reconhece esses feitos e sempre está pronto a receber as estrelas do nosso esporte”, afirmou.
O brasileiro é talhado para o esporte. O Brasil é famoso por ser o país do futebol, mas também é uma nação de expoentes em várias modalidades que honram o país mundo afora. O presidente reconhece esses feitos e sempre está pronto a receber as estrelas do nosso esporte”
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
“O Rodrigo realizou um feito tremendo. Conquistou algo muito difícil. Surfou a maior onda da história e, para isso, arriscou a própria vida. Sei que ele volta para casa com ainda mais energia para seguir em sua estrada depois desse reconhecimento por parte de nosso presidente. Foi um dia especial e vamos continuar trabalhando aqui para que o atleta brasileiro tenha cada vez mais resultados no cenário internacional e para que o esporte de base e escolar possa ser cada vez mais forte para que essa fábrica de campeões nunca deixe de produzir grandes atletas como o Rodrigo Koxa”, completou o secretário Especial do Esporte.
80 pés
Em 8 de novembro de 2017, em Nazaré, litoral oeste de Portugal, Rodrigo Koxa surfou um paredão de água de 80 pés, o equivalente a 24,4 metros de altura. Foi um feito espantoso. As imagens daquele momento, que estão disponíveis no Youtube, são impressionantes.
Meses depois, em 30 de abril de 2018, o brasileiro foi premiado com o Quiksilver XXL Biggest Wave, no Big Wave Awards, da World Surf League (WSL), ocasião em que também teve a sua onda oficializada pelos juízes da Big Wave Awards, sediados em Santa Monica, na Califórnia (EUA), como a maior já surfada em todos os tempos.
Especialista em super ondas, Koxa detém outro recorde de peso: a da maior onda já surfada na América do Sul, já que, em agosto de 2010, no Chile, ele surfou uma onda de 60 pés (equivalente a 21 metros), até hoje a maior já encarada por qualquer um no continente sul-americano.
Maya Gabeira
O Brasil detém, ainda, o recorde de maior onda na história já surfada por uma mulher. Em 11 de fevereiro deste ano, Maya Gabeira, também em Nazaré, surfou uma onda de 73,5 pés (22,4 metros) e quebrou seu próprio recorde, que era de 68 pés (20,72 metros).
No dia 10 de setembro, a World Surf League anunciou que Maya foi escolhida como a vencedora do prêmio cbdMD XXL Biggest Wave e oficializou a marca da brasileira como o novo recorde mundial entre as mulheres.
“O brasileiro tem isso: esse comprometimento, essa garra, esse espírito de querer fazer a diferença. Muitas vezes não temos as melhores estruturas, mas a gente tem um coração gigante. Então, acho que o surfista brasileiro está conseguindo muitas coisas por força desse amor ao esporte. Uma onda gigante pode tirar a sua vida, que é o nosso valor máximo. Então, se a gente arrisca a vida para fazer alguma coisa é só com amor mesmo. Eu, a Maya, todos somos apaixonados pelo surfe e só agradeço ao povo brasileiro, porque ele torce pela gente e faz de tudo para fazer valer a pena”, ressaltou Rodrigo Koxa, que não descartou a possibilidade de, se a oportunidade surgir, tentar superar a própria marca.
“Eu vibro na gratidão. Acho que esse é caminho da felicidade. Hoje eu só agradeço. Mas continuo fazendo o que eu gosto, o que amo, que é pegar onda, e, se Deus me abençoar com outra onda, vou estar pronto”, avisou.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania